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Chega ao Conselho de Ética o pedido de cassação contra Glauber Braga, do PSOL, por expulsar membro do MBL aos Chutes da Câmara

O deputado federal forçou a saída de um ativista do Movimento Brasil Livre da Câmara usando violência, e afirma não ter arrependimentos; além disso, ele argumenta que o pedido tem o objetivo de ‘intimidá-lo’.

A demanda de cassação em oposição ao deputado Glauber Braga (PSOL) alcançou o Conselho de Integridade e Conduta Parlamentar da Assembleia, nesta segunda-feira, 22. A solicitação veio do Partido Novo e foi encaminhada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A petição ocorreu após o deputado ter expulsado, das instalações da Assembleia, o membro do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro. Agora, cabe ao presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Jr. (União Brasil-BA), escolher um relator para o caso.

No escrito assinado pelo presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, é argumentado que “comportamentos como os apresentados pelo deputado Glauber Braga não podem ser tratados com indulgência.” Portanto, o deputado do PSOL é acusado de quebra de ética parlamentar.

O incidente ocorreu na terça-feira, 16. Na ocasião, Glauber Braga alega ter sido abordado e insultado por Costenaro. Vídeos compartilhados na web mostram o jovem discutindo e chamando o legislador de “ignorante” e “fraco”. Posteriormente, foi identificado que o ativista tem o hábito, em suas mídias sociais, de publicar vídeos nos quais aborda legisladores e personalidades políticas de esquerda com questionamentos.

Durante o confronto, Glauber Braga repetia que Costenro enfrenta acusações de violência doméstica contra uma ex-parceira. O ativista de direita revidava chamando-as alegações de calúnia (as quais foram explicadas por Gabriel) e disparando insultos contra Glauber. Quando Costenaro mencionou a mãe de Glauber Braga, dizendo que esta havia sido uma prefeita desqualificada, o deputado pôs o ativista para fora do edifício, aos chutes e empurrões, através de uma das entradas laterais. A cena foi presenciada e registrada por várias pessoas.

Depois, o legislador se defendeu, em vídeo, refutando o pedido de cassação. Na gravação, ele rebateu as acusações de ser antidemocrático. “Essas milícias fascistas ficam perseguindo as pessoas, tentando meter medo nelas. [..] Eu nem sabia que esse sujeito, da milícia fascista, era do partido Novo, sabia que era do MBL. Estão juntinhos: MBL, partido Novo, PL, tentando intimidar os seus adversários políticos, mas não vai funcionar”, disse.

Glauber Braga já enfrenta no Conselho de Ética um pedido de cassação feito pelo PL, devido a um incidente em novembro de 2023, onde ele empurrou e deu puxões para tentar expulsar o bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) durante uma comissão que discutia o conflito entre Israel e Hamas.

Ele também já esteve envolvido em conflitos com vários parlamentares, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e até mesmo com o próprio Lira. Até agora, três das representações contra ele no Conselho de Ética já receberam parecer preliminar favorável ao arquivamento.

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