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Frente Empresarial e de Classe debate futuro do transporte público

  • junho 27, 2023
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Novo edital de licitação do transporte coletivo de passageiros em ônibus foi um dos assuntos abordados Na última segunda-feira, 26, os integrantes da Frente Empresarial e de Classe

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Frente Empresarial e de Classe debate futuro do transporte público
Novo edital de licitação do transporte coletivo de passageiros em ônibus foi um dos assuntos abordados

Na última segunda-feira, 26, os integrantes da Frente Empresarial e de Classe de Nova Friburgo (FEC-NF) se reuniram na Associação Comercial (Acianf) para discutir as principais mudanças propostas pelo novo edital de concorrência pública 001/2023 (processo 12.937/2023), que fala sobre a concessão do serviço de transporte coletivo de passageiros por ônibus, com o intuito de trazer melhorias ao serviço.

O encontro, que teve apoio da Federação das Indústrias do Estado (Firjan), debateu um estudo da instituição além de apresentar dados atuais do setor, bem como propostas de operação e de política tarifária. O gerente de infraestrutura, Isaque Ouverney, apresentou tais informações considerando a densidade habitacional do município e a diversidade em termos de demanda por transporte público.

Esse estudo trouxe sugestões como tarifas diferentes por tipo de serviço (linhas alimentadoras com tarifa 50% mais baratas), análise da demanda, remuneração do serviço desonerando o usuário, proposta de operação mais flexível com diferentes veículos (de acordo com a demanda de cada região) e maior controle da prefeitura que tem decisão plena a respeito da política tarifária e do reajuste do subsídio repassado à empresa de ônibus. 

O presidente da Acianf, Júlio Cordeiro, ponderou que o poder privado tem o objetivo de participar das decisões que vão definir as diretrizes do serviço, pois tem o objetivo de auxiliar aos usuários, que em sua maioria utilizam o transporte coletivo na ida aos seus empregos, um preço de passagem justo, com ônibus que ofereçam conforto e segurança.

Preocupação dos empresários 

Durante a apresentação do estudo também foram evidenciadas algumas preocupações dos empresários. Temas como o sistema de bilhetagem eletrônica, o contrato com prazo de dez anos, possíveis alterações de operações do serviço, a ausência de leis que definam a frequência de análise dos indicadores apresentados e a da possibilidade de divisão da concessão em lotes de linhas foram pontos de atenção discutidos na reunião.

Estrada do Contorno 

Além disso, um assunto que é sempre pauta em reuniões sobre transporte público é a Estrada do Contorno. O engenheiro Carlos Alberto Muller destacou a viabilidade do projeto e os benefícios que trará para a mobilidade urbana. Muller levantou algumas alternativas que teriam inclusive um custo menor e que podem suprir algumas demandas, como a duplicação de pistas na Avenida Roberto Silveira e também a utilização da antiga linha do trem, que liga os bairros Ypu e Debossan.

O vice-presidente do sindicato têxtil, André Montechiari, citou que a prefeitura licitou um plano de mobilidade urbana no qual o poder privado poderia sugerir pontos importantes e de impacto ao desenvolvimento econômico local.

No encerramento do encontro, Isaque Ouverney, da Firjan, concluiu: “A participação do setor produtivo é imprescindível no sentido de melhoria do edital, para que se possa prover um serviço adequado para a sociedade e sustentável, que consiga se manter e que seja eficiente. Atualmente, o subsídio pelas empresas por meio do vale-transporte é importante para o deslocamento dos funcionários. Esse é um tema que tem impacto direto na produtividade das indústrias. Quando tem um funcionário que consegue chegar no horário, com um transporte de qualidade, ele consegue ser mais produtivo. Para o deslocamento dentro da cidade, para logística de cargas e para a mobilidade, o modelo adotado para o transporte de passageiros é  importante nesse sentido. É importante esse diálogo do poder público com o setor privado para entender as demandas e fazer ajustes necessários no edital”, disse. 

Participaram da reunião: Júlio Cordeiro, Bernardo Botelho e Flávio Stern (Acianf), Márcia Carestiato (Firjan), Francisco Matela (Sinepe), Walter Oliveira (DNI), Jamil  Kazan (Sindvest), Carlos Alberto Muller (Solenge Engenharia), Antonio Carlos Cordeiro (Rotary), Antonio Ventura (Sincomércio), Adriana Ventura (A Voz da Serra), André Montechiari (Sindtextil), Edson Almeida (Sindhotéis/Convention Bureau), Thayse Ferrari (Firjan), Isaque Ouverney (Firjan), Renata Medeiros (Firjan), Alexandre Valença (OAB) e Jackson Thedim (Setcanf).

Fonte: Acianf

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