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Setor farmacêutico cresce desde 2024, mas reajuste preocupa consumidores

  • abril 29, 2025
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A expansão do setor farmacêutico em 2024 levanta debate sobre preços, concorrência e impacto no acesso da população aos medicamentos

Setor farmacêutico cresce desde 2024, mas reajuste preocupa consumidores

Crescimento do Setor Farmacêutico Contrasta com Alta de Preços

O setor farmacêutico brasileiro alcançou um faturamento de R$ 220,9 bilhões em 2024. Esse desempenho representa um crescimento de 12,7% em relação ao ano anterior, confirmando a força da área. No entanto, o recente reajuste nos medicamentos vem preocupando consumidores em todo o país.

Além disso, o setor permanece concentrado, com grandes barreiras à entrada de novos concorrentes. Segundo Eduardo Amendola, economista da Estácio, fatores como o alto custo de pesquisa e desenvolvimento, a rigidez regulatória e as patentes dificultam o surgimento de novas empresas. Como resultado, o acesso da população a medicamentos mais baratos continua limitado.

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Regulação e Teto de Reajustes

Para equilibrar inovação e acessibilidade, órgãos como a ANVISA, o CADE e a CMED atuam em conjunto. A CMED, por exemplo, estabeleceu em 2025, por meio da Resolução CM-CMED 1/2025, tetos para o reajuste de preços com base na concorrência.

No nível 1, o limite é de até 5,06% para medicamentos com alta concorrência. Já no nível 2, o teto é de 3,83%. No nível 3, que engloba produtos com pouca concorrência, o reajuste permitido é de até 2,60%.

Entretanto, muitos consumidores relatam aumentos superiores aos anunciados. Isso ocorre porque o teto é aplicado ao preço máximo permitido, e não ao valor efetivamente cobrado. Assim sendo, quando promoções e descontos são suspensos, o preço final sobe, gerando a percepção de alta excessiva.

Custos de Produção e Efeito Cambial

Ademais, o custo dos medicamentos também é influenciado por fatores externos. A indústria brasileira depende da importação de cerca de 90% dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs), principalmente da Índia e da China. Como ilustração, a variação cambial e o custo logístico impactam diretamente o valor final pago pelo consumidor.

Enquanto isso, farmácias em áreas com baixa concorrência tendem a repassar mais rapidamente os novos preços, à medida que os estoques são renovados. Para quem utiliza remédios contínuos, o reajuste pode pesar significativamente no orçamento anual.

Como Economizar na Compra de Medicamentos

Dessa forma, Eduardo Amendola recomenda estratégias para amenizar os impactos do reajuste nos medicamentos. Para começar, é fundamental comparar preços entre farmácias físicas e online. Negociar diretamente no balcão, especialmente para pagamento à vista, pode render bons descontos.

A compra em grandes quantidades é vantajosa para quem possui prescrição contínua. Além disso, o uso de medicamentos genéricos, que podem ser até 80% mais baratos, representa uma grande economia sem perda de eficácia.

Outro recurso importante é o Programa Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos ou com desconto para doenças como hipertensão, asma e diabetes. Ainda mais, programas de fidelidade de laboratórios também colaboram para reduzir custos.

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Inovação e Acesso Devem Andar Juntos

Para concluir, embora o setor avance em tecnologia e faturamento, o grande desafio continua sendo alinhar inovação com políticas públicas eficazes. O acesso a tratamentos de qualidade e com preços justos depende da atuação coordenada entre governo, indústria e sociedade.

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