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UFF Nova Friburgo recebe novo sistema sustentável

A Universidade Federal Fluminense (UFF) de Nova Friburgo inaugurou ontem, 18, um novo sistema sustentável em suas clínicas. Em parceria com uma empresa austríaca, a instituição recebeu equipamentos que separam a amálgama da água, e aparelhos de sucção a vácuo.

O aparelho separador de amálgama é o primeiro a chegar no Brasil. Sua função é separar o material utilizado para restauração dental – que contém 50% de mercúrio em sua composição – da água, que retorna para as redes de esgoto da cidade, e quando não tratada, polui a água e o solo do município.

“Um pequeno pedacinho de mercúrio pode poluir cem mil litros de água. Um consultório de dentista gera duzentas gramas de mercúrio. E agora faça uma suposição, duzentas gramas vezes cem mil, veja o quanto um consultório de dentista pode fazer para o meio ambiente. (…) O problema é que uma vez que o mercúrio está na água, é muito difícil de tirá-lo, pois ele permanece lá pra sempre, e com uma simples peça se pode prevenir que ele venha por exemplo ao beber água.” Afirmou Walter Ruffini, diretor de vendas da empresa Metasys.

A parceria conta com um investimento de cerca de 100 mil euros da empresa, que se comprometeu a disponibilizar os equipamentos, eventos e subsídios para pesquisas na universidade durante dois anos. Como no país não há uma empresa que preste serviço de recolhimento do material contaminoso, a companhia também virá ao Brasil anualmente para recolher os aparelhos que tiverem cheios, e levar para a Áustria, onde o mercúrio será reciclado.

Já o aparelho de sucção a vácuo ajudará a economizar até 200 litros de água por hora na universidade. O equipamento também foi instalado na instituição pela empresa, que é pioneira em soluções sustentáveis para a odontologia.

“A economia de água é muito importante para qualquer setor, especialmente do ponto de vista da preservação desse insumo natural tão relevante. Entretanto, desde o princípio econômico ela também é relevante. Aqui no nosso campus nós temos uma conta de água que está em torno de R$ 6 mil por mês, essa tecnologia pode nos causar uma economia de até 30% desse valor.” Informou Claúdio Fernandes, coordenador de inovação da UFF – NF.

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