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12 anos depois: Nova Friburgo se reergueu, mas ainda tem marcas da tragédia

  • janeiro 11, 2023
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Há exatos 12 anos, a madrugada de 11 de janeiro de 2011 marcou Nova Friburgo e a região serrana como o cenário da maior tragédia climática da história

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12 anos depois: Nova Friburgo se reergueu, mas ainda tem marcas da tragédia
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Há exatos 12 anos, a madrugada de 11 de janeiro de 2011 marcou Nova Friburgo e a região serrana como o cenário da maior tragédia climática da história do Brasil. Oficialmente, 918 pessoas morreram e outras 99 permanecem desaparecidas até hoje.

O cenário era de terra arrasada, mas o povo friburguense se reergueu, caminhou junto e reconstruiu a cidade, no entanto algumas cicatrizes permanecem. 

Um dos pontos mais atingidos foi a localidade de Córrego D’antas, onde diversas pedras rolaram do alto da montanha, atravessaram a RJ 130 e atingiram diversas casas na região, levando junto com elas diversas vidas. Ainda hoje, quando chove forte no local, é comum a lama invadir a rodovia e trazer novamente o cenário de mais de uma década atrás.

Assim como no Córrego D’antas, muitos outros locais passaram pela mesma situação. O Loteamento Santa Bernadete, por exemplo, tem diversas casas parcialmente destruídas que aguardam há mais de uma década para serem demolidas. Por lá, ainda é possível observar resquícios do que um dia foi o lar de muitas pessoas que perderam a vida.

Já do outro lado do morro, no Jardim Califórnia, as obras de contenção do governo do estado estão sendo finalizadas trazendo mais tranquilidade para quem mora na região. No local, 12 pessoas morreram soterradas e ainda é possível observar a laje de uma antiga construção.

Mas apesar de toda a dor e dos sentimentos aflorados ao relembrar a tragédia, alguns locais remetem ao sentimento de reconstrução da cidade. Um exemplo disso é a Praça do Suspiro, que na época foi tomada pela lama, e a igreja de Santo Antônio, que por pouco não foi totalmente destruída pela lama que desceu do morro do teleférico. No local existe um monumento em memória às vítimas da catástrofe.

Quem relembra todo o cenário é Gilberto Sader, que há décadas tem um comércio bem em frente à praça: “A Igreja de Santo Antônio, essa emblemática capelinha, foi o grande momento de nós repensarmos Nova Friburgo, até porque do jeito que ela foi afetada, fisicamente deveria ter caído toda, mas Santo Antônio ficou segurando até que o pessoal viesse e refizesse a igrejinha…. Eu lembro quando o Padre Leão, pároco da época, realizou a primeira missa após reconstruir e eu falei pra ele “Padre Leão, o marco da destruição é hoje o marco da reconstrução”…. Essa imagem correu o mundo, da maneira de destruição mas também de retomada… O importante é ter fé e não desistir…”

Fotos: Juan Victor.

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