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10 anos da tragédia: momentos de tristeza e reflexão ainda fazem parte do cotidiano friburguense

Hoje, 11 de janeiro de 2020, chegamos ao marco dos 10 anos da maior tragédia climática acontecida no Brasil e que atingiu toda a região serrana do Rio de Janeiro. A madrugada do dia 11 para o dia 12 está marcada na memória de muitos dos friburguenses, não como uma noite de sono tranquilo, mas sim de pesadelos reais.

A tempestade chegou destruindo não só os lares, mas também interrompendo sonhos. Flávio Rodrigues de Freitas, mais conhecido como Cabo Freitas, bombeiro de Nova Friburgo, morreu salvando vidas. O cabo se dirigia a uma das áreas castigadas pela chuva quando ele e mais dois companheiros de profissão teriam sido atingidos por um forte deslizamento de terra. Em depoimento à nossa equipe, Dona Maria Rodrigues de Freitas, mãe do bombeiro, se lembra da partida do filho com saudade, mas com orgulho em saber que ele se foi trabalhando para salvar vidas.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde e da Defesa Civil do Rio de Janeiro, 428 foi o número de vítimas da tragédia, porém há especulações de que essa quantidade seria maior. E hoje, após 10 anos, resta a saudade no coração de muitos, assim como da Dona Maria, mas com a certeza de que muitos se foram como heróis, sejam eles com ou sem farda.

Desvio de verbas

Relembrando ainda todos os marcos deixados pelo 11 de janeiro, um acontecimento que veio depois, mas possui uma grande importância na retardação do conserto de todas essas sequelas foi a suspeita de irregularidades no uso de verbas destinadas à reforma de quatro escolas da cidade afetadas pela tragédia de 2011.

O governador Luiz Fernando Pezão é um dos principais suspeitos de tal investigação, ele chegou a ser preso em novembro de 2018, quando a força-tarefa da Lava Jato deu voz de prisão ao governador no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do estado, porém o mesmo foi solto em dezembro de 2019 após decisão do STF.

Por Isabella Chaboudt.

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