Ele também foi Ministro da Fazenda e de mais duas pastas, senador da república, deputado federal e governador do Rio.
Morreu nesta quarta-feira, 23, aos 88 anos, Francisco Osvaldo Neves Dornelles. A informação foi confirmada pelo hospital Pró-Cardíaco em Botafogo, Zona Sul do Rio, onde Dornelles estava internado desde o fim de maio. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Ainda jovem, Dornelles se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Foi na antiga capital federal que se formou em direito. Em seguida, especializou-se em finanças públicas na França e em tributação internacional na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Na volta ao Brasil, dedicou-se à carreira acadêmica. A influência de parentes famosos, como Tancredo e o também ex-presidentes Getúlio Vargas, acabou determinando o futuro de Dornelles.
Ex-governador do Rio de Janeiro, ex-ministro e ex-senador, Dornelles ainda ocupava o cargo de presidente de honra do Partido Progressistas (PP), que comunicou o falecimento de Dornelles em nota. Político de grande influência chegou a ser aliado do ex-prefeito de Nova Friburgo Heródoto Bento de Mello. Sua influência política em Nova Friburgo, foi na década de 90 em parceria com o ex-prefeito Heródoto, falecido em 2018.
Apesar de ter criado carreira política no Rio, Dornelles nasceu em Belo Horizonte. Era sobrinho de Tancredo Neves e de Ernesto Dornelles, ex-governador do Rio Grande do Sul.
Ele foi secretário da Receita Federal no governo João Figueiredo, ministro da Fazenda durante o governo Sarney e, no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, ocupou a pasta da Indústria, Comércio e Turismo.
Já no segundo mandato de FHC, ficou à frente do Ministério do Trabalho e do Emprego. Foi eleito deputado federal e senador pelo Estado do Rio de Janeiro.
Conhecido pelo pragmatismo e gentileza, tinha bom trânsito da direita à esquerda, embora tenha recebido ruidosas críticas do PT quando assumiu o Ministério do Trabalho no segundo governo de Fernando Henrique. Antes, em 1979, assumiu o comando da Receita Federal e lá se manteve até o fim do regime militar.
Em 2014 foi eleito vice-governador do Rio na chapa de Luiz Fernando Pezão. Assumiu o comando do Estado quando Pezão precisou se licenciar do cargo para tratar de um câncer, em 2016. Retomou a chefia do Executivo fluminense em novembro de 2018, após a prisão de Pezão na Operação Lava Jato.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), decretou luto oficial de três dias pela morte do presidente de honra do Progressista, Francisco Oswaldo Neves Dornelles.
O velório acontece entre 11h e 15h desta sexta-feira ,25, no Centro Cultural FGV, na Praia de Botafogo.
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