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Adolescente planeja crime em Lumiar e é apreendido pela polícia

  • dezembro 27, 2024
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Ação conjunta entre 11º BPM e 151ª DP desarticula atentado feito por menor de idade que choca a região de Nova Friburgo

Adolescente planeja crime em Lumiar e é apreendido pela polícia

Em uma ação policial, um crime brutal abalou localidade de Lumiar, em Nova Friburgo, na madrugada de 26 de dezembro de 2024. Um adolescente de 16 anos, identificado pelas iniciais A.S.T., foi apreendido após invadir a residência de P.C.S.M., desferindo várias facadas contra a vítima. O caso mobilizou as forças policiais locais e revelou um plano de vingança meticulosamente arquitetado, cujo alvo inicial era a filha da vítima, I.C., de apenas 14 anos.

De acordo com informações apuradas, o menor invadiu a casa de P.C.S.M. durante a madrugada, munido de uma faca, luvas e uma máscara, elementos que reforçam o caráter premeditado do ato. No entanto, na noite do ataque, a filha da vítima não estava em casa.

Ao encontrar P.C.S.M., o adolescente decidiu eliminar a testemunha. A vítima, surpreendida pelo agressor, conseguiu reagir e desarmá-lo, o que possibilitou que vizinhos acionassem a polícia.

Inicialmente, o caso foi encaminhado à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), já que a hipótese de crime de natureza sexual foi considerada com base no relato inicial da vítima. No entanto, conforme a investigação avançava, uma motivação distinta e perturbadora veio à tona.

Logo nas primeiras horas da manhã, agentes do serviço reservado da PMERJ obtiveram informações sobre o suspeito e apresentaram uma fotografia à vítima que identificou A.S.T. como o autor do ataque, revelando que o adolescente mantinha um histórico de desavenças com sua filha, I.C., por conta de conflitos na escola.

Em ação conjunta, equipes do 11º BPM e da 151ª DP iniciaram uma operação para localizar o menor, que foi encontrado escondido na casa dos pais. A abordagem ocorreu após uma análise minuciosa de inteligência, que identificou o paradeiro do adolescente. Durante a apreensão, A.S.T. confessou os atos com frieza impressionante, detalhando os passos de seu plano.

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Segundo o depoimento do adolescente, o ataque foi motivado por um sentimento de ódio acumulado contra I.C. O menor relatou que sofria bullying na escola, incluindo episódios de agressões físicas. Em setembro, A.S.T. teria incentivado amigos a retaliar os colegas que o agrediram, mas I.C. não estava presente no dia do ocorrido, o que gerou um rancor específico contra ela, por não “ter tido o que merecia”

Obcecado pela ideia de vingança, A.S.T. passou meses estudando os hábitos da família, identificando a rotina e o endereço da vítima. O adolescente revelou que adquiriu materiais como álcool, fósforos e vinagre, planejando incendiar a casa após cometer o assassinato. Ele acreditava que o vinagre disfarçaria o odor dos corpos, uma ideia que encontrou em pesquisas na internet.

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Coordenada pelos delegados Heberth Tavares Cardoso e Erick França, a investigação reuniu elementos que comprovaram a premeditação do crime. A arma utilizada foi encontrada no local do ataque, junto com outros objetos que reforçam a intenção deliberada do menor.

O caso gerou ampla comoção em Lumiar e regiões vizinhas, conhecidas por sua atmosfera tranquila e pela hospitalidade característica de um destino turístico. A população local expressou perplexidade diante da gravidade do crime e do envolvimento de um adolescente em um plano tão cruel.

Atualmente, A.S.T. aguarda decisão do Ministério Público quanto à sua internação. O caso também reacendeu debates sobre a prevenção da violência entre jovens, bullying escolar e o acompanhamento de menores com possíveis transtornos mentais.

O adolescente foi conduzido à 151ª DP, onde prestou depoimento e confessou os detalhes do crime. Durante a oitiva, ele não demonstrou qualquer remorso, reiterando que o objetivo era punir a filha da vítima por um evento ocorrido meses antes.

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A complexidade do caso revela não apenas a necessidade de punir os responsáveis, mas também de buscar soluções para questões estruturais. Especialistas destacam a importância de investir em programas de conscientização sobre bullying e de fornecer suporte adequado a estudantes que enfrentam dificuldades emocionais e sociais.

Para muitos moradores, o episódio é um chamado à ação, demandando que as autoridades redobrem os esforços para garantir a segurança e a harmonia da comunidade. Ao mesmo tempo, o caso é um lembrete doloroso de como a violência pode emergir de forma silenciosa, até em locais mais tranquilos.

A investigação segue em curso, e a população aguarda com ansiedade por respostas que tragam justiça às vítimas e maior segurança para todos os cidadãos.

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