Casos de bronquiolite sobem 20% no RJ e acendem alerta
abril 24, 2025
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Secretaria de Saúde do RJ reforça estrutura hospitalar e alerta sobre sintomas da bronquiolite infantil
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Aumento nos casos de bronquiolite infantil preocupa autoridades de saúde
O estado do Rio de Janeiro registrou um crescimento de 19% nos casos de bronquiolite infantil nos três primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. A informação vem da Gerência de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), que contabilizou 139 ocorrências da doença neste ano contra 116 no anterior.
Além disso, o Governo do Estado passou a referenciar dois hospitais estaduais para acolher os casos mais graves: o Hospital Estadual Ricardo Cruz (HerCruz), em Nova Iguaçu, e o Hospital Estadual Zilda Arns (HERZA), em Volta Redonda. Ambos atuam como centros especializados no atendimento infantil.
Leitos de UTI e capacitação profissional
Em seguida, a SES-RJ disponibilizou 75 leitos de UTI para suporte ao tratamento da bronquiolite. O Ricardo Cruz conta com 40 leitos, enquanto o Zilda Arns disponibiliza outros 35.
Da mesma forma, a secretaria tem investido na capacitação de médicos e profissionais que atuam em UPAs e emergências. O objetivo é identificar, de maneira precoce, os sintomas da doença, favorecendo o diagnóstico ágil e eficaz.
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Sintomas e cuidados recomendados
Segundo Caio Souza, subsecretário de Atenção à Saúde, a bronquiolite é causada, principalmente, pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Trata-se de uma infecção que atinge as vias aéreas inferiores e pode causar dificuldade respiratória severa.
Por isso, é essencial manter ambientes ventilados, reforçar a higiene das mãos e garantir o calendário vacinal das crianças. A doença geralmente se inicia com sintomas de gripe como coriza, febre e tosse leve. No entanto, pode evoluir rapidamente, provocando cansaço, respiração ofegante e até coloração arroxeada nos lábios.
Como resultado, as medidas de suporte incluem a oferta de oxigênio e hidratação venosa, conforme indicam os protocolos de atendimento.
Apesar disso, os dados mais recentes trazem um sinal de alívio. Comparando apenas o mês de março, houve queda de 21% nos casos provocados pelo VSR. Foram 96 registros em 2024 contra 75 em 2025.
Entretanto, os especialistas alertam que a vigilância deve continuar. A bronquiolite infantil, embora com tendência de queda, ainda representa risco real à saúde infantil. Por fim, pais e responsáveis devem estar atentos aos sintomas e buscar ajuda médica imediatamente diante de sinais de agravamento.