COP30 Avanços e Retrocessos – Zoom Debates
Antes de tudo, o programa Zoom Debates discutiu os avanços e retrocessos da COP30, realizada em Belém. O encontro evidenciou como os COP30 debates climáticos expõem limites políticos, contradições econômicas e desafios urgentes da governança ambiental global.
COP30 na Amazônia e seus simbolismos
Primeiramente, o apresentador Roosevelt Concy destacou o peso simbólico da conferência ocorrer na Amazônia. Para começar, ele ressaltou que o evento funcionou como um espelho da crise ambiental global. Além disso, apontou que a COP30 revelou dificuldades reais de articulação política diante da emergência climática.
Novo cenário internacional e impactos nos acordos climáticos
Em primeiro lugar, o professor Fernando Cavalcante explicou que a COP30 ocorreu em um contexto internacional mais fragmentado. Consequentemente, o avanço do protecionismo e o enfraquecimento das cooperações multilaterais impactaram diretamente as negociações climáticas.
No entanto, Fernando lembrou que decisões políticas globais, como as tarifas impostas pelos Estados Unidos, influenciam diretamente a efetividade dos acordos ambientais. Por isso, ele afirmou que os compromissos climáticos se tornaram mais frágeis.
Mobilização social e limites da COP30
Enquanto isso, Pedro Rivas compartilhou sua experiência direta em Belém. Além disso, destacou a forte mobilização da sociedade civil e da comunidade científica. Apesar disso, ele criticou a burocracia e a dificuldade de consenso entre os 198 países participantes.
Da mesma forma, Pedro apontou a lentidão na transição energética. Como resultado, discursos sustentáveis seguem sendo usados politicamente sem ações práticas efetivas.
Contradições brasileiras e o papel do petróleo
Por outro lado, o debate evidenciou contradições do Brasil. Embora o país possua uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, segue liberando a exploração de petróleo na margem equatorial.
A título de exemplo, Fernando explicou que produtos cotidianos dependem do petróleo. Assim sendo, soluções simplistas não resolvem um problema estrutural tão complexo.
Economia circular e resíduos sólidos fora do centro do debate
Não apenas isso, ambos criticaram a ausência de discussões aprofundadas sobre economia circular. Segundo pesquisas citadas, resíduos sólidos representam cerca de 45% das emissões globais.
Portanto, ignorar esse tema compromete qualquer avanço climático. Além disso, políticas públicas nessa área seguem frágeis no Brasil.
COP30 e a realidade de Nova Friburgo
Em seguida, o debate conectou os temas globais à realidade local. Fernando destacou a fragilidade das políticas de gestão de resíduos em Nova Friburgo. Bem como, ressaltou a importância da cidade como produtora de água, graças à Mata Atlântica preservada.
Por fim, Pedro Rivas trouxe uma visão otimista. Em síntese, ele defendeu a educação ambiental e o engajamento social como caminhos para adiar o “fim do mundo”, citando Ailton Krenak. Assim, os COP30 debates climáticos mostram que ações locais seguem fundamentais.