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Cultura do Estado inicia cadastro da capoeira nos 92 municípios fluminenses

  • fevereiro 26, 2024
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Prática é considerada bem cultural imaterial do Brasil desde 2008 Patrimônios culturais imateriais do Brasil, o ofício de Mestra e Mestre de Capoeira e a Roda de Capoeira

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Cultura do Estado inicia cadastro da capoeira nos 92 municípios fluminenses
Prática é considerada bem cultural imaterial do Brasil desde 2008

Patrimônios culturais imateriais do Brasil, o ofício de Mestra e Mestre de Capoeira e a Roda de Capoeira serão oficialmente catalogados no estado do Rio de Janeiro. A iniciativa, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj), será executada pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac) e tem como objetivos levantar informações para construção de políticas públicas e garantir a salvaguarda dos bens culturais relacionados à prática.  

Através do cadastro, a Sececrj e o Inepac vão poder mapear a presença de capoeiristas nos 92 municípios fluminenses. O formulário de inscrição já está disponível para acesso.

Essa ação demonstra que estamos atentos à gestão compartilhada que concorre a todos os entes quando se trata da salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. A Roda de Capoeira e o Ofício de Mestra e Mestre de Capoeira são bens culturais de todos os cidadãos brasileiros, incluindo todos que habitam os 92 municípios do RJ, e nós, enquanto poder público, devemos cumprir com o papel de garantir que tais bens sejam protegidos”, ressalta Ana Cristina Carvalho, diretora do Inepac.

O cadastro servirá para que o Inepac e a Sececrj tenham um banco de informações sobre os capoeiristas para definir as melhores ações para promoção e valorização tanto do Mestre e Mestra, quanto das Rodas de Capoeira. O formulário está disponibilizado no link: https://forms.office.com/r/9vTs6uHTbg. É importante enviar todos os documentos comprobatórios para o e-mail [email protected]. Só assim o cadastro será finalizado.

História de lutas e conquistas

Os primeiros registros da palavra “Capoeira” correspondem ao início do século XIX. Ela foi desenvolvida de maneiras distintas em cidades portuárias do Brasil Império, como o Rio de Janeiro, Salvador e Recife, e era, então, realizada em sua grande maioria por escravizados africanos de origem banto e, com algumas exceções, por membros do exército e da polícia.

Por muito tempo, a Capoeira sofreu preconceito e foi considerada uma luta violenta, sendo alvo de repressão policial e coibida em âmbito legal. Foram necessárias décadas de desconstrução e conscientização e, a partir de 1930 e 1940, a prática começa a livrar-se, aos poucos, desse estigma e começa a ser reconhecida como um saber genuinamente brasileiro.

A Roda de Capoeira e o Ofício de Mestre e Mestra de Capoeira foram registrados como bens culturais imateriais do Brasil em 2008, por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão do Ministério da Cultura (IPHAN/MinC).

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