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Redução de ultraprocessados na merenda: entenda os benefícios

  • fevereiro 14, 2025
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Nova diretriz reduz ultraprocessados na merenda escolar

Redução de ultraprocessados na merenda: entenda os benefícios

O Governo Federal anunciou uma nova diretriz que reduz para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados na merenda escolar a partir de 2025.

Além disso, a meta de  redução dos ultraprocessados na merenda para 2026 é ainda mais restritiva, chegando a apenas 10%. Dessa forma, a mudança impactará 40 milhões de estudantes em cerca de 150 mil escolas públicas. Com isso, busca-se oferecer refeições mais equilibradas e saudáveis nas escolas públicas do país.

Para a nutricionista e docente da Estácio, Laís Marinho, essa redução dos ultraprocessados na merenda pode trazer impactos significativos para a saúde e o desenvolvimento das crianças. “Os alimentos ultraprocessados possuem uma composição desbalanceada. Eles são ricos em açúcar, gordura e sódio, mas pobres em vitaminas, minerais e proteínas. Assim, a redução no consumo pode contribuir para a diminuição da obesidade, aumentar a energia e a concentração e melhorar os hábitos alimentares desse público”, destaca.

Desafios para reduzir ultraprocessados na merenda

Embora a medida seja positiva, a implementação do novo cardápio nas escolas públicas enfrenta desafios. Antes de tudo, segundo Laís Marinho, o principal entrave será financeiro. “O orçamento para a alimentação escolar muitas vezes é limitado e varia de região para região. Por isso, esse pode ser um fator que dificulte a substituição dos ultraprocessados por alimentos in natura e minimamente processados”, explica.

Além disso, outro desafio é a aceitação das crianças às novas opções alimentares. “Muitas já estão habituadas a consumir alimentos ricos em açúcar e gordura, que têm uma aceitação mais fácil. Dessa maneira, surge a dúvida: elas vão se adaptar aos alimentos naturais com a mesma receptividade?”, questiona a nutricionista.

Ademais, a profissional reforça a importância de capacitar os responsáveis pela elaboração dos cardápios. “Os profissionais precisam de treinamento para desenvolver preparações saudáveis, mas também saborosas. Dessa forma, as refeições serão bem aceitas pelos estudantes”, afirma.

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O papel das famílias na alimentação saudável

A mudança no cardápio escolar precisa ser acompanhada por hábitos saudáveis também dentro de casa. “Não adianta a escola restringir os ultraprocessados se, ao mesmo tempo, no ambiente familiar o consumo desses alimentos continuar alto. Por isso, os pais e cuidadores precisam incentivar o consumo de frutas e verduras e inserir as crianças no preparo das refeições. Além do mais, envolvê-las na escolha dos alimentos no supermercado ou na feira também pode ser um diferencial”, orienta Laís Marinho.

A nutricionista também recomenda que as famílias priorizem alimentos da estação e da produção local. “Esses produtos são mais acessíveis e, muitas vezes, mais baratos. Com isso, torna-se possível fazer da alimentação saudável uma realidade para mais crianças”, conclui.

 

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