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Saúde mental da população tem sido pauta nessa quarentena

Uma parceria entre o serviço de Psicologia Aplicada da Estácio Nova Friburgo e do Inova Fri – Ecossistema de Inovação de Nova Friburgo tem feito a diferença na cidade. O projeto, que se chama “Rede Escuta Nova Friburgo”, tem o objetivo de oferecer atendimento psicológico gratuito durante a quarentena e atender o público com a renda menor que três salários mínimos ou que trabalha na área da saúde, sendo afetados emocionalmente neste momento tão delicado.

Segundo dados de pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o número de pessoas depressivas tem subido no Brasil com o avanço da pandemia do novo coronavírus. O projeto, além do cadastro para pessoas que precisam, também conta com a participação de profissionais que queiram atuar de forma voluntária.

Análise da UERJ

De acordo com os dados analisados pelo Instituto de Psicologia da UERJ, as mulheres são mais propensas a sofrerem com o estresse e a ansiedade nesta quarentena. Alguns fatores de risco são: alimentação desregrada, doenças preexistentes, ausência de acompanhamento psicológico, sedentarismo e a necessidade de sair de casa para trabalhar.

Já para a depressão, as principais causas são: idade mais avançada, ausência de crianças em casa, baixo nível de escolaridade e a presença de idosos no ambiente doméstico. A pesquisa sinaliza também que quem recorreu à psicoterapia pela internet apresentou índices menores de estresse e ansiedade. Da mesma forma, aqueles que puderam praticar exercício aeróbico tiveram melhor desempenho do que os que não fizeram nenhuma atividade física ou que praticaram apenas atividades de força.

Um alerta é para a pressão social que pode acabar impondo mais estresse às pessoas em tempo de isolamento. Quem tiver a oportunidade, procure um profissional da saúde mental.

Pesquisa do Ministério da Saúde

Pensando na saúde mental dos brasileiros, o Ministério da Saúde disponibilizou um questionário online para as pessoas responderem como se sentem diante de todo o processo que envolve o enfrentamento da pandemia. O objetivo é rastrear a existência de depressão, ansiedade e estresse na população brasileira e, posteriormente, subsidiar políticas públicas nas unidades de atenção psicossocial.

O questionário pode ser respondido por qualquer pessoa, mas também é objetivo da pesquisa avaliar a incidência de transtorno de estresse pós-traumático entre os profissionais de saúde durante a pandemia de COVID-19. Por isso, a pesquisa também é voltada a esse público.

As próximas etapas desse trabalho incluem a verificação das alterações nos hábitos da população que possam afetar a saúde mental e também avaliar a evolução destes transtornos. Toda informação será recolhida até o dia 15 de maio e tratada de forma codificada e confidencial.

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