Vacina contra chikungunya do Butantan é aprovada pela Anvisa
abril 15, 2025
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Imunizante desenvolvido com a Valneva é o primeiro contra a chikungunya aprovado no Brasil e será destinado inicialmente a regiões endêmicas.
Anvisa aprova vacina contra chikungunya desenvolvida no Brasil
Parceria entre Butantan e Valneva impulsiona inovação
A Anvisa aprovou nesta segunda-feira (14) o registro definitivo da vacina contra chikungunya. Além disso, o Instituto Butantan desenvolveu o imunizante em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. Em seguida, o Diário Oficial da União publicou a decisão de forma oficial. Assim sendo, o país contará com o primeiro imunizante autorizado para combater essa doença. Por isso, a vacina contra chikungunya poderá ser aplicada em adultos com mais de 18 anos. Como resultado, o Brasil dá um passo importante no enfrentamento da arbovirose.
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Doença atinge países da América do Sul
Em primeiro lugar, a chikungunya causa preocupação por seu impacto crescente na saúde pública. Além disso, o mosquito Aedes aegypti transmite o vírus, o mesmo vetor da dengue e do zika vírus. A título de exemplo, em 2024, a doença afetou mais de 620 mil pessoas em todo o mundo. Por isso, o Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia lideram o ranking de casos registrados. Logo depois da submissão do pedido em dezembro de 2023, a Anvisa iniciou a análise. Posteriormente, a FDA, agência sanitária dos Estados Unidos, também aprovou o imunizante.
Estudo clínico mostra eficácia elevada
Para continuar, o Instituto Butantan testou a vacina em adolescentes brasileiros em fase 3 de estudo. Ademais, a revista The Lancet Infectious Diseases publicou os resultados em setembro de 2024. Como ilustração, 100% dos voluntários com infecção prévia apresentaram anticorpos neutralizantes. Da mesma forma, 98,8% dos participantes sem contato prévio com o vírus também desenvolveram imunidade. Em seguida, os cientistas observaram que a proteção permaneceu em 99,1% dos jovens após seis meses. Apesar disso, os efeitos adversos foram leves ou moderados, como febre, fadiga e dores no corpo.
Posteriormente, o Instituto Butantan iniciou a produção de uma nova versão com insumos brasileiros. Por isso, o objetivo é adaptar o imunizante às exigências do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a inclusão no Programa Nacional de Imunizações ainda depende da Conitec. Além disso, o Ministério da Saúde deve definir a população prioritária para vacinação. Como exemplo, moradores de áreas endêmicas poderão receber a vacina de forma antecipada. Dessa forma, o governo espera conter a disseminação da doença em regiões mais afetadas.
Entenda os sintomas e riscos da chikungunya
Para esclarecer, a chikungunya é uma infecção viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A título de exemplo, alguns sintomas incluem febre acima de 38,5 °C, dores intensas nas articulações e manchas na pele. Em contrapartida, nem todos os casos apresentam sintomas visíveis. Apesar disso, as dores articulares podem se tornar crônicas e durar anos. Ainda mais preocupante, a doença já provocou mortes registradas em diversos países.Por fim, a vacina contra chikungunya representa um marco no combate a esse grave problema de saúde pública.