O mês marca a mobilização nacional pelo enfrentamento à violência contra mulheres e o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha
Ministério das Mulheres lançou campanha pelo Feminicídio Zero
Perceber uma situação de violência contra a mulher, enfrentá-la e interrompê-la para que não chegue a um feminicídio, ato de violência extrema baseada em gênero. Essa é a mensagem principal da campanha “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, lançada na última quarta, 7, pelo Ministério das Mulheres.
Na noite da quarta-feira, uma projeção no Congresso Nacional apresentou frases da campanha e divulgou o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher – como canal para busca de ajuda, informações e também registro de denúncias.
A data marca o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha, no mês dedicado à conscientização para o fim da violência contra a mulher, o “Agosto Lilás”.
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As peças envolvem materiais digitais para redes sociais, um filme de 30 segundos e três filmes de 15 segundos, além de materiais gráficos como adesivo, folder e cartaz. Uma mobilização digital envolverá influenciadores como atrizes, atletas, ministros e parlamentares publicando vídeos nas redes sociais sobre o tema da violência contra a mulher e em apoio ao #FeminicidioZero. Demais ministérios do governo federal e órgãos públicos também irão aderir à campanha com ações em seus perfis nas redes sociais.
O filme traz três diferentes situações de violência contra mulheres e passa a mensagem de que ela pode começar silenciosa e quando as pessoas se manifestam, acolhem as mulheres, buscam informações ou fazem uma denúncia, mesmo quando a violência não é física, podem evitar um feminicídio.
ARTICULAÇÃO NACIONAL – A campanha faz parte de uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres, envolvendo diversos setores no compromisso de pôr fim à violência contra as mulheres, em especial aos feminicídios, a partir de diversas frentes de atuação (comunicação ampla e popular, implementação de políticas públicas, engajamento de atores diversos). Um evento no mês de agosto em Brasília marcará a assinatura de um Manifesto pelo Feminicídio Zero, em que cada parceiro(a) se compromete a atuar de acordo com suas possibilidades de recursos, estrutura e público-alvo.
FEMINICÍDIO NO BRASIL – Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023 – o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015. As agressões decorrentes de violência doméstica tiveram aumento de 9,8%, e totalizaram 258.941 casos. Houve alta também nas tentativas de feminicídio (7,2%, chegando a 2.797 vítimas) e nas tentativas de homicídio contra mulheres (8.372 casos no total, alta de 9,2%), além de registros de ameaças (16,5%), perseguição/stalking (34,5%), violência psicológica (33,8%) e estupro (6,5%).
AGOSTO LILÁS – O mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres tem como objetivo dar visibilidade ao tema e ampliar a divulgação sobre os direitos das mulheres em situação de violência, além dos serviços especializados para acolhimento, orientação e denúncia.
Violência contra a mulher em Nova Friburgo
A DEAM de Nova Friburgo divulgou dados sobre a violência contra a mulher na cidade do 1° semestre de 2023 e de 2024:
2023
- Estupro – 08
- Estupro de Vulnerável – 13
- Importunação Sexual – 14
- Ameaça: 161
- Crime de Perseguição: 22
- Descumprimento de MPU (Medidas Protetivas de Urgência) 52
- Injúria: 105
- Lesão Corporal: 194
2024
- Estupro – 05
- Estupro de Vulnerável – 15
- Importunação Sexual – 14
- Ameaça: 180
- Crime de Perseguição: 29
- Descumprimento de MPU (Medidas Protetivas de Urgência) 33
- Injúria: 105
- Lesão Corporal: 182
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