Alerta de fofura! Gato-do-mato-pequeno é flagrado no Pico do Caledônia, em Nova Friburgo
- setembro 12, 2024
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Aparição de felino raro em altura elevada chama atenção da comunidade local; Veja detalhes
Aparição de felino raro em altura elevada chama atenção da comunidade local; Veja detalhes
O Parque Estadual dos Três Picos, localizado na Região Serrana do Rio de Janeiro, foi palco de um acontecimento raro e emocionante para os amantes da fauna.
Um Gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), um felino raro e pouco conhecido, foi capturado em vídeo no topo do Pico da Caledônia, a impressionantes 2.100 metros de altitude.
A captura das imagens foi realizada pelo ambientalista Juran Santos, do projeto Aventura Animal, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que administra a unidade de conservação.
O vídeo, que mostra o felino majestoso em seu habitat natural, é uma importante evidência do bom estado de conservação da região e da proteção oferecida ao Gato-do-mato-pequeno.
A presença do Gato-do-mato-pequeno no Parque Estadual dos Três Picos destaca a rica biodiversidade da área e o sucesso dos esforços de preservação. O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, expressou seu entusiasmo com o registro:
“A região dos Três Picos é uma área muito rica em biodiversidade, inserida dentro de um grande fragmento de Mata Atlântica que está protegido pelos órgãos ambientais estaduais. Momentos como este nos deixam orgulhosos, pois evidenciam o sucesso do intenso trabalho desenvolvido nas nossas unidades de conservação.”
O Gato-do-mato-pequeno é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, encontrando-se em uma faixa que vai do Uruguai e sul do Brasil até a região andina da Bolívia e norte da Argentina, abrangendo também o Chaco no oeste do Paraguai e a Patagônia. Este felino noturno e solitário é conhecido por sua habilidade em saltos e por suas técnicas de caça tanto no chão quanto em árvores.
O Parque Estadual dos Três Picos, com cerca de 65 mil hectares, abrange os municípios de Teresópolis, Guapimirim, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim. A unidade de conservação conta com vários núcleos, incluindo um em Nova Friburgo, que contribuem para a proteção e pesquisa da rica biodiversidade local.
O vídeo do Gato-do-mato-pequeno, capturado por Juran Santos, é um lembrete poderoso da importância das áreas protegidas e dos esforços contínuos para preservar a vida selvagem no estado do Rio de Janeiro. O flagrante serve como um exemplo inspirador de como a conservação pode resultar em descobertas emocionantes e valiosas para a ciência e a natureza.
O Gato-do-mato-pequeno é um felino que mede entre 40 e 60 cm de comprimento, excluindo a cauda, que pode ter cerca de 30 a 40 cm. Seu peso varia entre 1,5 e 3,5 kg. Tem pelagem marrom amarelada com manchas escuras, o que proporciona uma camuflagem eficaz em seu habitat natural. A cauda é longa e é uma das características distintivas da espécie, sendo proporcionalmente maior do que seus membros posteriores.
No Brasil, o Gato-do-mato-pequeno é encontrado em fragmentos de Mata Atlântica que ainda preservam características de floresta densa e úmida. Ele habita áreas de floresta tropical e subtropical, desde o sul do estado do Rio de Janeiro até o norte de Santa Catarina. O felino é adaptado para viver em ambientes variados, desde regiões de floresta até áreas mais abertas, como o campo e cerrado, onde encontra cobertura arbórea.
O Gato-do-mato-pequeno é um animal noturno e solitário. Sua dieta é bastante variada e inclui pequenos mamíferos, aves, répteis e insetos. É um excelente caçador tanto no solo quanto em árvores, utilizando suas habilidades de escalada para capturar presas. Sua estratégia de caça envolve emboscadas e ataques rápidos, aproveitando a camuflagem proporcionada pela sua pelagem.
A espécie é considerada de menor preocupação pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), mas enfrenta ameaças devido à perda de habitat e à fragmentação das florestas. A destruição do habitat natural para a agricultura e a expansão urbana afeta a disponibilidade de áreas adequadas para sua sobrevivência. Em algumas regiões, a espécie é protegida por leis ambientais que visam conservar a Mata Atlântica e suas espécies nativas.
O Gato-do-mato-pequeno é objeto de estudos e monitoramento por parte de instituições de pesquisa e conservação, como o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) no Brasil. Projetos de conservação buscam proteger e restaurar habitats, bem como promover a conscientização sobre a importância da preservação da biodiversidade.
Esse felino é um exemplo da rica biodiversidade da Mata Atlântica e da importância de esforços contínuos para proteger os ecossistemas que sustentam essas espécies únicas.
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