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Como reconhecer e romper relacionamentos abusivos

  • agosto 25, 2025
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Agosto Lilás reforça importância de reconhecer sinais de relacionamentos abusivos

Como reconhecer e romper relacionamentos abusivos

Muitos relacionamentos abusivos começam com atitudes sutis, sem deixar marcas físicas aparentes, mas causam sérios danos emocionais e sociais às vítimas. Ciúmes excessivo, críticas constantes, chantagens e isolamento são sinais de alerta que podem evoluir para agressões graves. A psicóloga Simone Cougo explica que o ciclo da violência se repete em fases de tensão, explosão e reconciliação, mantendo a vítima presa por dependência emocional ou financeira. As consequências incluem ansiedade, depressão, baixa autoestima, problemas no trabalho e até doenças físicas. Além do abuso psicológico, o controle financeiro e patrimonial agrava o sofrimento. Para romper esse ciclo, redes de apoio e canais como o Ligue 180 são fundamentais, assim como o fortalecimento da Lei Maria da Penha. O Agosto Lilás reforça a importância de campanhas permanentes de conscientização e educação sobre igualdade de gênero.

O perigo invisível no início

Relacionamentos abusivos muitas vezes começam de forma sutil, sem agressões físicas aparentes. No Brasil, milhares de mulheres vivem vínculos que, por fora, parecem estáveis, mas, por dentro, escondem um ciclo de controle, medo e dor. Embora nem sempre haja hematomas, as vítimas sofrem com marcas emocionais deixadas por abusos psicológicos, financeiros e sexuais. Nesse contexto, o Agosto Lilás surge como campanha fundamental para quebrar o silêncio e mostrar que a violência vai muito além da agressão física.

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Os primeiros sinais de abuso

Segundo a psicóloga Simone Cougo, professora da Estácio, a violência costuma aparecer em atitudes como ciúmes excessivo, críticas constantes, chantagens e controle sobre roupas, redes sociais e rotina da vítima. Além disso, o agressor frequentemente promove isolamento social, afastando a mulher de familiares e amigos. Em muitos casos, o abuso se intensifica gradualmente, alternando momentos de agressividade e de afeto. Esse comportamento cria confusão emocional e mantém a vítima presa ao chamado ciclo da violência.

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O ciclo da violência explicado

Esse ciclo se repete em três fases. Em primeiro lugar, ocorre a fase da tensão, marcada por irritação, críticas e agressões verbais. Logo depois, vem a fase da explosão, quando surgem atos de violência psicológica, física, sexual ou patrimonial. Por fim, há a fase de reconciliação, conhecida como “lua de mel”, em que o agressor pede desculpas e promete mudar. Nesse momento, a vítima tende a permanecer na relação, seja por dependência emocional, financeira ou pressão social.

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Consequências emocionais e financeiras

As consequências para a vítima podem ser devastadoras. Transtornos de ansiedade e depressão, estresse pós-traumático, baixa autoestima e sentimento de culpa são comuns. Além disso, o abuso compromete a vida profissional, gerando queda de produtividade e doenças físicas relacionadas ao estresse crônico. Outro ponto crítico é o abuso financeiro: o agressor controla os recursos, restringe gastos, usa o dinheiro sem consentimento e, em casos graves, destrói documentos ou bens pessoais. Muitas vezes, os filhos também se tornam instrumentos de chantagem.

A importância da rede de apoio

Para romper esse ciclo, a rede de apoio é essencial. Familiares, amigos e instituições podem oferecer suporte emocional, orientação jurídica e acesso a serviços sociais. No Brasil, canais de denúncia como o Ligue 180 funcionam 24 horas por dia, fornecendo informações sobre leis e encaminhando vítimas a serviços especializados. Em situações de risco iminente, a Polícia Militar deve ser acionada pelo 190. Campanhas como o Agosto Lilás reforçam a Lei Maria da Penha, mas, segundo Simone, é necessário ir além: educação sobre igualdade de gênero, treinamentos para profissionais de saúde, segurança e educação, além de campanhas permanentes ao longo do ano.

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