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Sem DPVAT, vítimas de acidentes enfrentam dificuldades em Friburgo

  • setembro 11, 2025
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Extinção do seguro obrigatório deixa vítimas desamparadas; audiência na Câmara busca solução para liberação de fundo bilionário.

Sem DPVAT, vítimas de acidentes enfrentam dificuldades em Friburgo

Com a extinção do DPVAT e do SPVAT, vítimas de acidentes em Nova Friburgo estão desprotegidas. Sem acesso a reembolsos ou indenizações, muitos enfrentam dificuldades para custear tratamentos médicos, fisioterapia ou cirurgias. De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre janeiro e setembro de 2025, foram registradas 541 ocorrências de trânsito no município, incluindo 219 colisões entre carros e motos, 54 atropelamentos, 19 capotagens e 101 quedas de veículos. Diante desse cenário, a Câmara dos Deputados discute a liberação de R$ 2,6 bilhões em recursos do antigo fundo do DPVAT, ainda sem definição. Enquanto isso, famílias recorrem ao SUS ou campanhas de doação para manter tratamentos. Especialistas reforçam a necessidade de contratar seguros privados com cobertura para terceiros como única forma de proteção.

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Sem DPVAT, vítimas de acidentes enfrentam dificuldades em Friburgo

Extinção do seguro obrigatório agrava situação de feridos em meio ao aumento de ocorrências no trânsito da cidade

Sem DPVAT Friburgo, vítimas de acidentes de trânsito têm enfrentado sérias dificuldades para custear tratamentos médicos e despesas com reabilitação. Desde a extinção do seguro obrigatório — que cobria despesas pessoais e hospitalares em caso de acidentes — pacientes que sofrem lesões ou traumas em Nova Friburgo relatam estar sem qualquer tipo de assistência financeira.

A situação se agravou em 2025, ano em que a tentativa de recriação do SPVAT também foi revogada. Com isso, o Brasil ficou oficialmente sem um sistema público de proteção às vítimas de trânsito. Nova Friburgo, por sua vez, já registra 541 ocorrências entre janeiro e setembro deste ano, segundo dados do 6º Grupamento de Bombeiros Militares (6º GBM).

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Números preocupam autoridades e familiares

De acordo com o levantamento do Corpo de Bombeiros, entre 1º de janeiro e 8 de setembro de 2025, foram atendidas 541 ocorrências de trânsito em Nova Friburgo, distribuídas da seguinte forma:

  • Atropelamentos: 54 casos (30 envolvendo automóveis e 19 motocicletas, além de bicicleta, ônibus e caminhão).

  • Capotagens: 19 registros (16 com carros e 3 com caminhões).

  • Colisões: 366 no total, incluindo 219 entre carros e motos, 47 entre automóveis, 25 entre motocicletas, além de outros tipos como carro x bicicleta, ônibus x moto e carro x poste.

  • Quedas de veículos: 101 (90 quedas de moto, 10 de automóveis e 1 de caminhão).

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Tratamento depende da rede pública ou ação judicial

Sem o DPVAT, a única alternativa para vítimas sem seguro privado é buscar atendimento via SUS, que nem sempre cobre tratamentos de maior complexidade, como cirurgias ortopédicas, fisioterapia de longo prazo ou medicamentos especiais.

Além disso, sem amparo legal do antigo seguro obrigatório, quem deseja ser ressarcido por danos materiais ou morais precisa ingressar com ação judicial contra o condutor responsável, o que pode levar anos. Na prática, a responsabilidade civil do motorista continua existindo, mas o acesso a recursos imediatos desapareceu.

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População pede liberação de fundo bilionário

A comoção levou a uma audiência pública na Câmara dos Deputados, que discute a liberação de R$ 2,6 bilhões parados em fundo do antigo DPVAT. Esses recursos poderiam financiar novamente um modelo de proteção às vítimas, mesmo sem a reativação do seguro nos moldes anteriores.

No entanto, ainda não há previsão para que a medida avance. Enquanto isso, familiares de vítimas têm criado vaquinhas, promovido rifas e recorrido a doações para arcar com cirurgias, próteses, transporte e medicamentos.

Especialistas recomendam seguro privado

Dessa forma, em meio à insegurança jurídica e financeira, especialistas recomendam que motoristas contratem seguros privados com cobertura para terceiros, incluindo danos pessoais e materiais. Sem isso, qualquer acidente pode gerar um grande passivo financeiro — tanto para a vítima quanto para quem o provocou.

Sem DPVAT Friburgo, a cidade enfrenta um cenário delicado: mais acidentes, menos proteção e famílias em busca de alternativas para não abandonar o tratamento dos seus entes queridos.

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