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Em meio à calamidade, MP questiona show de R$ 800 mil em Teresópolis

  • setembro 15, 2025
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Ministério Público quer impedir uso de recursos públicos em show milionário com Leonardo, enquanto Teresópolis vive crise fiscal e dívida de R$ 700 milhões.

Em meio à calamidade, MP questiona show de R$ 800 mil em Teresópolis

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública para suspender o show do cantor Leonardo em Teresópolis, previsto para o dia 21 de setembro, ao custo de R$ 800 mil. A cidade decretou calamidade financeira recentemente, com dívidas de R$ 700 milhões e atrasos em salários e repasses hospitalares. O MPRJ argumenta que o uso de recursos públicos em eventos festivos enquanto serviços essenciais estão desassistidos fere o interesse coletivo. A promotoria também menciona gastos adicionais não divulgados e cita precedentes judiciais contra esse tipo de contratação. O MP pede a suspensão imediata do show e que a Prefeitura apresente, em até 24 horas, todos os custos previstos com justificativas técnicas e financeiras. O caso reforça o debate sobre as prioridades da gestão municipal em tempos de crise.

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Ministério Público quer barrar evento com Leonardo em cidade que enfrenta crise fiscal

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Teresópolis, ajuizou uma ação civil pública com pedido de liminar para suspender o show do cantor Leonardo, previsto para o dia 21 de setembro. O custo do evento seria de R$ 800 mil aos cofres públicos.

O MPRJ destaca que a cidade de Teresópolis decretou recentemente estado de calamidade financeira, com dívidas estimadas em R$ 700 milhões. Além disso, há atrasos no pagamento de salários, verbas rescisórias e repasses a hospitais conveniados ao SUS. Ainda assim, o município contratou o show, gerando indignação e dúvidas sobre a real prioridade na aplicação de recursos.

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Evento milionário em meio à precariedade dos serviços

Segundo a promotoria, a justificativa usada pela Prefeitura em diversas ocasiões foi justamente a falta de dinheiro. Esse argumento foi apresentado ao próprio Ministério Público e a credores para explicar o não cumprimento de obrigações básicas, inclusive na área de saúde e assistência social.

Não se trata de impedir manifestações culturais, mas de coibir gastos desproporcionais enquanto serviços básicos permanecem desassistidos”, declarou o promotor Rafael Luiz Lemos de Sousa.

Precedentes e possíveis irregularidades

Além disso, o MPRJ alerta que o evento pode implicar em outros gastos ainda não informados, o que amplia a preocupação com a falta de transparência e proporcionalidade. Como ilustração, a petição cita o caso do município de Paranatinga/MT, onde a contratação do mesmo cantor foi anulada judicialmente. Na ocasião, a empresa Talismã foi condenada a devolver R$ 300 mil por superfaturamento.

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Pedido de liminar e transparência imediata

Como resultado, o Ministério Público requer à Justiça a suspensão imediata do evento e a proibição de qualquer pagamento com recursos públicos para o show. Além disso, solicita que o Município informe, em até 24 horas, todos os gastos previstos para o evento e apresente justificativas técnicas e financeiras para cada despesa.

Show em Teresópolis virou o centro de uma polêmica sobre prioridades públicas, em meio a uma grave crise financeira que afeta serviços essenciais.

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