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Maior operação do Brasil combate tráfico de animais no RJ

  • setembro 16, 2025
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Mais de mil agentes atuam na megaoperação que combate quadrilha envolvida com tráfico de animais silvestres, armas e crimes ambientais no RJ.

Maior operação do Brasil combate tráfico de animais no RJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação São Francisco, considerada a maior da história do Brasil contra o tráfico de animais silvestres, armas e munições. A ação mobilizou mais de mil agentes em diversos estados, incluindo a Região Serrana do RJ, como Nova Friburgo. O resultado de um ano de investigações revelou uma organização criminosa com diversos núcleos operacionais, entre eles caçadores, atravessadores e falsificadores. Além do crime ambiental, o grupo também abastecia facções criminosas com armas, aumentando a violência. Os animais apreendidos estão recebendo atendimento veterinário na Cidade da Polícia antes de serem reintroduzidos na natureza. A operação envolve diversas instituições, como DPMA, Ministério Público, Ibama e Polícia Federal. A força-tarefa desmonta um esquema cruel que ameaça diretamente a biodiversidade brasileira.

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Megaoperação mobiliza mil agentes contra quadrilha envolvida em tráfico de animais silvestres e armas no Rio de Janeiro e outros estados

O estado do Rio de Janeiro se tornou palco da maior operação já realizada no Brasil contra o tráfico de animais silvestres, armamentos e munições. A “Operação São Francisco”, coordenada pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), com apoio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), é resultado de um ano de investigações conduzidas por uma força-tarefa do Governo do Estado. As apurações revelaram uma organização criminosa de grande porte, com atuação direta em diversas regiões do RJ e conexões em São Paulo e Minas Gerais.

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Logo nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (16), mais de mil policiais civis já estavam nas ruas para cumprir mais de 40 mandados de prisão e 270 de busca e apreensão. As ações se concentram na capital fluminense, Baixada, Região Metropolitana, Região Serrana, Região dos Lagos e estados vizinhos. Ao todo, 145 criminosos foram identificados durante a investigação.

“Hoje o Rio de Janeiro mostra, mais uma vez, que não vai recuar diante do crime organizado. A Operação São Francisco é a maior da história do Brasil contra o tráfico de animais silvestres, armas e munições. É uma resposta clara do nosso governo: criminosos não terão paz no RJ”, afirmou o governador Cláudio Castro.

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Estrutura criminosa e crueldade com os animais

Para começar, os investigadores identificaram uma organização com estrutura complexa, composta por núcleos específicos. Entre eles estavam os caçadores, atravessadores, falsificadores e até mesmo traficantes de armamentos. Os caçadores atuavam diretamente em áreas de proteção ambiental, como o Parque Nacional da Tijuca e o Horto, capturando espécies silvestres em larga escala.

Logo depois, os animais eram entregues aos atravessadores, responsáveis por transportá-los de forma cruel até os centros urbanos. A comercialização era feita em feiras clandestinas, muitas delas em locais dominados pelo tráfico de drogas, como Pavuna e Duque de Caxias.

Além disso, a organização possuía um núcleo especializado na caça e venda de primatas. Os animais, dopados, eram comercializados ilegalmente, gerando lucros exorbitantes. Em alguns casos, foram encontradas evidências de falsificação de documentos públicos, selos e chips usados para esconder a origem ilegal das espécies.

Armas, facções e outros crimes

Não apenas isso: outro braço da quadrilha fornecia armas e munições para grupos criminosos. Essa relação direta com o tráfico de drogas elevava o nível de periculosidade da organização. Os consumidores finais também foram identificados pela Polícia Civil, fortalecendo o inquérito.

“Esse grupo explorava o tráfico de animais há décadas, vendendo ilegalmente em feiras clandestinas e alimentando a violência com armamentos pesados”, explicou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.

Base montada para atendimento veterinário

Como resultado da operação, dezenas de animais foram resgatados. Para acolhê-los, uma base foi montada na Cidade da Polícia. Lá, os bichos recebem atendimento médico veterinário oferecido por profissionais voluntários. Posteriormente, passam por avaliação de peritos criminais e são encaminhados a centros de triagem, com o objetivo de reintegrá-los à natureza.

“Esse tráfico de animais não é apenas crueldade: é um corredor da morte. Muitos morrem antes mesmo da venda. É um extermínio silencioso da fauna”, afirmou Bernardo Rossi, secretário estadual de Meio Ambiente.

Por fim, a operação marca um divisor de águas na luta contra o tráfico de animais silvestres e armamentos no país. O impacto é nacional, mas atinge especialmente áreas fluminenses, como a Região Serrana e seus entornos, onde o tráfico de animais causa desequilíbrio ecológico e social.

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