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Cerveja pode ter metanol? Especialista explica riscos e sintomas

  • outubro 7, 2025
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Professor de Enfermagem da Estácio explica as diferenças entre bebidas fermentadas e destiladas e destaca os perigos da intoxicação por metanol.

Cerveja pode ter metanol? Especialista explica riscos e sintomas

Casos recentes de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol geraram dúvidas sobre a segurança de consumir cerveja. Segundo Luís Andrade, professor de Enfermagem da Estácio, os maiores riscos envolvem bebidas destiladas, devido ao processo de produção que requer separação de frações, uma delas contendo metanol. Já nas cervejas, fermentadas com leveduras, o risco é praticamente inexistente. No entanto, bebidas com processos mistos, como o vinho do Porto, exigem atenção. Os sintomas de intoxicação surgem, em média, após 12 horas da ingestão, incluindo visão turva, dor abdominal e confusão mental. O etanol pode ser usado como antídoto, pois compete com o metanol nos receptores do organismo. O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são essenciais para a recuperação, podendo incluir hidratação e hemodiálise em casos graves.

A recente onda de intoxicações e mortes causadas por bebidas adulteradas com metanol reacendeu uma dúvida entre os consumidores: é possível encontrar cerveja com metanol? A substância, altamente tóxica, preocupa autoridades e profissionais de saúde em todo o Brasil.

Fermentados x destilados: qual o risco?

Para esclarecer a questão, o professor Luís Andrade, do curso de Enfermagem da Estácio, destaca que o maior risco está nos destilados. “Em primeiro lugar, é importante entender o processo de fabricação. Bebidas fermentadas, como a cerveja, geram o álcool naturalmente pela ação das leveduras, resultando em teor alcoólico geralmente baixo”, afirma.

Por outro lado, os destilados passam por um processo mais complexo. “Na destilação, há a separação em frações chamadas de ‘cabeça, coração e cauda’. É justamente na fração final que estão substâncias tóxicas como o metanol. Se o descarte dessa parte não for feito corretamente, o risco de intoxicação aumenta significativamente. Além disso, há casos criminosos em que o metanol é adicionado intencionalmente”, explica.

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Cervejas estão seguras?

Segundo o especialista, o risco de cerveja com metanol é extremamente baixo. No entanto, há exceções. “Bebidas como o vinho do Porto passam por processos mistos, envolvendo fermentação e destilação. Nessas situações, o risco existe e deve ser considerado”, afirma Luís.

Como o metanol age no corpo?

Os sintomas de intoxicação por metanol geralmente aparecem após 12 horas da ingestão, mas esse tempo pode variar conforme a quantidade ingerida. “No corpo humano, o metanol compete com o etanol pelos mesmos receptores. Por isso, em casos de envenenamento, o etanol é usado como antídoto, já que ele ocupa os receptores e reduz os efeitos do metanol”, explica o professor.

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Diagnóstico precoce é essencial

Além disso, o tratamento precoce é decisivo para a recuperação. Visão turva, dor abdominal, náuseas e confusão mental são sintomas que não devem ser ignorados. “Pacientes que recebem atendimento nas primeiras 12 a 24 horas apresentam melhores desfechos”, alerta o especialista.

O tratamento pode envolver o uso de etanol terapêutico, hidratação intravenosa e, em casos graves, hemodiálise. Como resultado, a rapidez na busca por atendimento médico é fundamental.

Conclusão

Em resumo, embora os casos de cerveja com metanol sejam raríssimos, a atenção aos sintomas e à procedência das bebidas consumidas é essencial. Ficar atento às informações técnicas e aos sinais do corpo pode salvar vidas.


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