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Catetos fogem de onça-parda no Parque dos Três Picos, em Friburgo

  • outubro 22, 2025
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Registro feito por armadilha fotográfica mostra dinâmica predador e presa no Parque dos Três Picos, em Nova Friburgo, com foco na onça-parda.

Catetos fogem de onça-parda no Parque dos Três Picos, em Friburgo

Uma onça-parda foi flagrada perseguindo catetos no Parque Estadual dos Três Picos, em Nova Friburgo. O registro raro, feito por armadilhas fotográficas do Projeto Aventura Animal, destaca a presença ativa de predadores e presas na região, comprovando o equilíbrio ecológico local. A cena mostra a técnica de caça conhecida como acostamento, em que o felino usa o olfato para rastrear as presas. A presença da onça-parda, um predador de topo da cadeia alimentar, é essencial para a regulação das populações de espécies como o cateto. Por sua vez, os catetos contribuem para a dispersão de sementes e a regeneração da floresta. O flagrante reforça a importância das ações de conservação realizadas pelo Inea e do papel das unidades de conservação na proteção da Mata Atlântica na Serra. O Parque dos Três Picos é uma das maiores áreas protegidas do estado do Rio de Janeiro.

Onça-parda persegue catetos no Parque dos Três Picos, em Friburgo

Flagrante mostra predador e presa em ação no ecossistema da Mata Atlântica

Uma cena inusitada foi registrada no Parque Estadual dos Três Picos, revelando a presença ativa da onça-parda (Puma concolor) na região. O vídeo, captado no fim de setembro pelas armadilhas fotográficas do Projeto Aventura Animal, mostra o felino seguindo um grupo de catetos (Pecari tajacu) na unidade de conservação gerida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

Os catetos aparecem cruzando a trilha. Logo depois, a onça-parda entra em cena, farejando intensamente o solo. Esse comportamento, chamado de acostamento, é típico da espécie durante a caça. O olfato apurado permite que ela rastreie presas com precisão. Como resultado, o vídeo evidencia o equilíbrio natural entre predador e presa, além de confirmar a vitalidade do ecossistema.

Além disso, o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou a importância do monitoramento:
– Registros como este são a comprovação do sucesso do trabalho de conservação realizado pelo Inea. O uso de armadilhas fotográficas nos permite monitorar a saúde da nossa biodiversidade – afirmou.

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A importância ecológica da onça-parda

A onça-parda é o segundo maior felino das Américas e uma espécie nativa da Mata Atlântica. Também conhecida como suçuarana ou leão-baio, ela é um predador de topo de cadeia. Portanto, tem papel fundamental no controle de populações de outras espécies, como os catetos. Isso garante o equilíbrio ecológico da floresta e demonstra a saúde ambiental da região.

Catetos: presa essencial e dispersores naturais

Por outro lado, os catetos, ou porcos-do-mato, também são cruciais para o ecossistema. Eles atuam como dispersores de sementes, contribuindo diretamente para a regeneração da Mata Atlântica. Quando sua população é saudável, ela sustenta predadores como a onça-parda, mantendo o ciclo natural em funcionamento. Isto é, a presença de ambos revela a boa condição da floresta.

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Parque dos Três Picos: riqueza natural na Serra

Com área de aproximadamente 65 mil hectares, o Parque Estadual dos Três Picos se estende pelos municípios de Teresópolis, Guapimirim, Nova Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Silva Jardim. Em Nova Friburgo, há um núcleo montanhoso que reforça a importância ecológica da região serrana. A biodiversidade presente na unidade é um patrimônio da Mata Atlântica, protegido por ações de monitoramento e conservação contínuos.

Por fim, o flagrante da onça-parda perseguindo catetos é um retrato fiel da complexidade e da harmonia do ambiente natural da serra. A cena, além de rara, reforça o papel essencial das unidades de conservação como guardiãs da biodiversidade brasileira.


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