Nova Friburgo prevê orçamento de R$ 1,15 bilhão para 2026
novembro 11, 2025
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Com aumento de R$ 140 milhões em relação a 2025, proposta orçamentária inclui verbas para Saúde, Educação e nova UPA em Olaria.
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A Prefeitura de Nova Friburgo apresentou a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026, estimando um orçamento de R$ 1,15 bilhão — R$ 140 milhões a mais que em 2025. A saúde receberá R$ 384,3 milhões, enquanto a educação terá R$ 272,7 milhões. O plano também inclui a construção de uma nova UPA em Olaria e um Pronto Atendimento em Lumiar. Durante audiência pública, a Prefeitura detalhou os repasses por fundos municipais e abordou os desafios da Assistência Social. Já as políticas para mulheres sofreram cortes e resultaram na perda de uma verba federal superior a R$ 800 mil. Apesar disso, parcerias com a rede socioassistencial continuam garantindo a execução de programas. A votação da LOA deve acontecer em dezembro, após audiências públicas nos dias 10 e 17 de novembro.
Nova Friburgo projeta orçamento de R$ 1,15 bilhão para 2026
Saúde, educação e novas obras lideram investimentos da LOA
A Prefeitura de Nova Friburgo apresentou a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026 durante audiência pública na Câmara Municipal. O município projeta uma receita de R$ 1.158.530.178,00, o que representa um acréscimo de R$ 140 milhões em relação ao orçamento de 2025.
Desde então, o texto segue em análise pela Comissão de Orçamento e Finanças. Enquanto isso, novas audiências públicas estão previstas para os dias 10 e 17 de novembro. Dessa forma, a população e os vereadores ainda têm a chance de apresentar sugestões antes da votação final, que deve ocorrer em dezembro.
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Prioridades: saúde, educação e obras estruturais
Antes de tudo, o Executivo destacou que saúde e educação lideram os investimentos. A Secretaria de Saúde contará com R$ 384,3 milhões, enquanto a educação receberá R$ 272,7 milhões. Em paralelo, a Secretaria de Recursos Humanos terá um orçamento de R$ 56,4 milhões, permitindo avanços na valorização dos servidores.
Além disso, a LOA inclui projetos estruturantes: a construção de uma nova UPA no bairro Olaria e a implantação de um Pronto Atendimento em Lumiar. Por isso, o município pretende descentralizar o acesso à saúde, reduzindo distâncias e melhorando a qualidade do atendimento.
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Fundo a fundo: como o recurso será aplicado
A título de exemplo, o orçamento se distribui entre diversos fundos municipais, criados para garantir o direcionamento adequado de verbas para cada área. Assim sendo, o controle dos gastos se torna mais transparente e eficaz. Confira os principais repasses previstos:
Fundo de Saúde – R$ 384.309.588,00
Fundo de Educação – R$ 272.791.781,00
Fundo de Previdência Social – R$ 38.138.278,00
Fundo de Assistência Social – R$ 14.602.000,00
Fundo de Mobilidade Urbana – R$ 7.332.000,00
Fundo de Cultura – R$ 2.433.508,00
Fundo da Procuradoria Geral – R$ 2.447.501,00
Fundo Fazendário e Tributário – R$ 2.465.139,00
Fundo dos Direitos da Mulher – R$ 594.000,00
Fundo do Meio Ambiente – R$ 1.505.000,00
Fundo de Habitação – R$ 1.400.000,00
Fundo de Desenvolvimento Econômico – R$ 250.000,00
Fundo dos Direitos da Criança – R$ 247.000,00
Fundo de Situação de Emergência – R$ 611.000,00
Fundo de Turismo – R$ 200,00
Fundo de Compensação Tarifária – R$ 600,00
Portanto, os dados refletem o esforço da administração em estruturar o orçamento por eixos temáticos e necessidades específicas.
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Assistência Social enfrenta limitações
Enquanto a saúde e a educação recebem reforço, a Secretaria de Desenvolvimento Social ainda convive com desafios. O secretário Yuri Guimarães Bezerra explicou que o orçamento da pasta, de R$ 5.959.650,00, não será suficiente para atender à demanda atual.
Segundo ele, o maior problema está na dificuldade de contratar e reter profissionais, especialmente psicólogos e assistentes sociais, devido aos baixos salários. Por causa disso, projetos como o Centro de Atendimento ao Idoso, mesmo considerados prioritários, não serão executados em 2026. Isso acontece, principalmente, pela falta de repasses estaduais e federais, além da escassez de pessoal qualificado.
Políticas para mulheres sofrem com verba reduzida
Em contraste com outras áreas, o orçamento para políticas públicas voltadas às mulheres recebeu duras críticas. A vereadora Maiara Felício (PT) afirmou que os R$ 594 mil destinados ao Fundo dos Direitos da Mulher não refletem a gravidade da situação.
Além disso, o município perdeu uma verba federal de R$ 814.604,00, obtida por meio de emenda parlamentar do deputado Glauber Braga (PSOL). O recurso seria usado na criação de uma Casa de Abrigo para mulheres vítimas de violência. Entretanto, a Prefeitura não disponibilizou um imóvel e também não solicitou a prorrogação do prazo ao Ministério das Mulheres. Consequentemente, a verba foi cancelada, mesmo estando empenhada.
Como consequência direta, o município deixa de ampliar a rede de proteção às mulheres. Vale lembrar que, entre 2022 e 2023, 3.973 mulheres sofreram violência em Nova Friburgo, segundo dados oficiais.
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Parcerias ajudam a manter programas sociais
Por outro lado, o Executivo aposta nas parcerias com instituições da sociedade civil para ampliar os serviços socioassistenciais. Nesse sentido, vários programas são executados por meio de termos de colaboração. Por exemplo, o aluguel social para mulheres em situação de violência será transferido da Secretaria de Desenvolvimento Social para a Secretaria da Mulher, a partir de 2026.
Embora mude o órgão responsável, o atendimento seguirá o mesmo padrão. Assim, a Prefeitura busca dar continuidade aos serviços, mesmo diante de limitações orçamentárias.
LOA segue em tramitação com votação prevista para dezembro
Enquanto os debates continuam, vereadores podem apresentar novas propostas e ajustar os recursos conforme demandas da população. Por fim, a votação da LOA 2026 está marcada para dezembro. Até lá, o orçamento de Nova Friburgo segue em discussão pública, como prevê a legislação.