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Estudo internacional nega vínculo entre paracetamol na gravidez e autismo

  • novembro 11, 2025
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Estudo publicado na revista BMJ contradiz fala de Donald Trump e reforça a segurança do uso do paracetamol por gestantes, com base em evidências científicas.

Estudo internacional nega vínculo entre paracetamol na gravidez e autismo

A Prefeitura de Nova Friburgo apresentou a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026, estimando um orçamento de R$ 1,15 bilhão — R$ 140 milhões a mais que em 2025. A saúde receberá R$ 384,3 milhões, enquanto a educação terá R$ 272,7 milhões. O plano também inclui a construção de uma nova UPA em Olaria e um Pronto Atendimento em Lumiar. Durante audiência pública, a Prefeitura detalhou os repasses por fundos municipais e abordou os desafios da Assistência Social. Já as políticas para mulheres sofreram cortes e resultaram na perda de uma verba federal superior a R$ 800 mil. Apesar disso, parcerias com a rede socioassistencial continuam garantindo a execução de programas. A votação da LOA deve acontecer em dezembro, após audiências públicas nos dias 10 e 17 de novembro.

Estudo internacional nega vínculo entre paracetamol na gravidez e autismo

Pesquisadores descartam relação entre uso do medicamento e transtornos neurológicos em crianças

Nada permite afirmar que o uso de paracetamol durante a gravidez cause transtorno do espectro autista (TEA) nas crianças, concluiu um amplo estudo internacional, publicado nesta segunda-feira (data original da publicação) na respeitada revista científica britânica BMJ (British Medical Journal).

Segundo os autores, as evidências disponíveis não sustentam qualquer associação entre a exposição ao paracetamol no útero e o desenvolvimento de autismo. Além disso, a pesquisa também descartou uma ligação direta com o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) durante a infância.

Dessa forma, os cientistas reforçam que, até o momento, não existem provas consistentes que justifiquem o alerta contra o medicamento. Portanto, o uso do paracetamol por gestantes segue considerado seguro, desde que administrado conforme prescrição médica.

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Declarações de Trump geram reação internacional

Entretanto, a divulgação do estudo ocorre pouco tempo depois de uma declaração controversa feita pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em setembro. Na ocasião, Trump afirmou publicamente, sem apresentar qualquer base científica, que o uso do paracetamol na gestação estaria ligado ao aumento de casos de autismo entre crianças.

Como consequência, a comunidade científica reagiu com veemência. Especialistas e entidades médicas classificaram a fala como irresponsável e perigosa, sobretudo por ter o potencial de gerar medo e desinformação entre gestantes.

Além disso, médicos alertaram que declarações públicas sem respaldo técnico podem levar ao abandono de medicamentos eficazes e seguros, o que representa um risco real à saúde materna e fetal.

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Paracetamol é uma das poucas opções seguras na gestação

Enquanto medicamentos como ibuprofeno e aspirina são contraindicados durante a gravidez devido a seus riscos ao feto, o paracetamol é amplamente utilizado por gestantes como analgésico e antitérmico de primeira escolha.

A título de exemplo, obstetras recomendam o medicamento para tratar dores leves, febre e desconfortos comuns durante a gestação. Nesse contexto, qualquer informação distorcida sobre o uso do paracetamol pode gerar confusão entre pacientes e profissionais da saúde.

Pesquisas anteriores já não confirmavam o suposto risco

Embora estudos anteriores tenham sugerido hipóteses sobre eventuais efeitos neurocomportamentais do paracetamol, nenhum deles apresentou dados conclusivos. Dessa forma, a nova publicação da BMJ, que reuniu uma amostra populacional robusta e revisão metodológica rigorosa, reafirma a ausência de correlação direta entre o remédio e o autismo.

Como resultado, o artigo serve como referência atualizada para profissionais da saúde, grávidas e formadores de opinião.

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