Acusado de matar esposa grávida de 6 meses e sogros vai a júri popular
setembro 22, 2025
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Crimes cometidos em 2021 no bairro Cônego, em Nova Friburgo, chocaram a cidade; julgamento está marcado para os dias 9 e 10 de dezembro.
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O julgamento do tabelião Ricardo Jucá, acusado de matar a esposa grávida de seis meses e os sogros, está marcado para os dias 9 e 10 de dezembro, em Nova Friburgo. O crime, ocorrido em 2021 no bairro Cônego, abalou a cidade pela brutalidade e motivou protestos e mobilizações. Segundo a investigação, o ataque foi premeditado e cometido em contexto de violência doméstica. A vítima, Nahaty Mello, era juíza de paz e bastante conhecida na região. O réu será julgado por feminicídio, homicídio qualificado e aborto provocado por terceiro. Medidas especiais foram adotadas pela Justiça para garantir a imparcialidade dos jurados. A cidade acompanha o caso com expectativa, quatro anos após o crime. O julgamento será no Fórum de Nova Friburgo, com presença de familiares, movimentos sociais e representantes da Justiça.
O tão aguardado júri popular do tabelião Ricardo Pinheiro Jucá Vasconcelos já tem data marcada. A 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo designou o julgamento para os dias 9 e 10 de dezembro de 2025, no Fórum da cidade. O réu é acusado de assassinar a esposa grávida de seis meses, Nahaty Gomes Mello, de 33 anos, além dos sogros, Wellington Gomes Mello, de 75, e Rosemary Gomes da Cunha, de 67, em um crime brutal ocorrido no bairro Cônego.
A juíza Simone Dalila Nacif Lopes, titular da vara, determinou que os jurados fiquem hospedados em hotel durante o julgamento, acompanhados pela Justiça e pela Polícia Militar. O objetivo é evitar contatos externos e garantir total imparcialidade. Ricardo Jucá está preso desde a data do crime, ocorrido em agosto de 2021.
Crime que abalou Nova Friburgo
Na noite de 13 de agosto de 2021, o bairro Cônego foi palco de um dos crimes mais chocantes da história recente de Nova Friburgo. Ricardo Jucá atacou a esposa grávida e os sogros com uma faca dentro da residência da família. As vítimas morreram no local. O bebê também não resistiu, configurando o crime de aborto provocado por terceiro.
Nahaty era conhecida na cidade por seu trabalho como juíza de paz, celebrando casamentos e cerimônias civis. A tragédia mobilizou familiares, amigos e movimentos sociais de defesa das mulheres, que clamam por justiça desde então.
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Acusações graves e julgamento
Segundo a Polícia Civil, o crime foi premeditado e praticado em contexto de violência doméstica. O Ministério Público afirma que o réu agiu com extrema frieza e intencionalidade. Ricardo Jucá será julgado por feminicídio (morte da esposa grávida), homicídio qualificado (sogros) e aborto provocado por terceiro, entre outras qualificadoras, em concurso material.
O advogado da família das vítimas, Sérgio Luis Bravo Rosmaninho, afirmou: — Após a superação do debate sobre a imputabilidade do réu, nossa expectativa é a total procedência da acusação, com condenação pelos crimes de aborto, duplo feminicídio e homicídio qualificado.
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Júri ocorrerá em dezembro, sob medidas especiais
O julgamento será realizado no Tribunal do Júri do Fórum de Nova Friburgo, com início às 11h do dia 9 de dezembro e previsão de término no dia seguinte. Serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa, e o Conselho de Sentença decidirá pela condenação ou absolvição do réu.
Além disso, o processo contará com medidas especiais de segurança. Os jurados ficarão hospedados em hotel com transporte oficial e escolta, assegurando sua integridade e evitando qualquer contato externo que comprometa a lisura do julgamento.
Por fim, o caso segue repercutindo fortemente em Nova Friburgo, onde a sociedade aguarda a decisão do júri popular com expectativa e comoção.