Adultização infantil nas redes sociais: riscos e impactos
agosto 27, 2025
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Exposição precoce e pressão por padrões adultos afetam o bem-estar emocional de crianças e adolescentes no ambiente digital
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O vídeo do youtuber Felca, com mais de 44 milhões de visualizações, reacendeu o debate sobre a adultização infantil nas redes sociais. Especialistas alertam para os riscos da exposição precoce de crianças e adolescentes à cultura digital, que pode gerar ansiedade, baixa autoestima e dificuldades emocionais. O psicólogo Ítalo Silva destaca a importância de supervisão parental, tempo controlado de uso de telas e diálogo constante. Além disso, ele alerta para sinais como mudanças de comportamento e isolamento. O uso das redes deve ser equilibrado e não pode substituir a convivência familiar, a escola ou brincadeiras presenciais. A discussão conecta uma realidade cotidiana a um tema nacional: o impacto da internet na construção da identidade e saúde mental de jovens. A adultização infantil é um fenômeno que exige atenção urgente e envolvimento ativo das famílias.
Adultização infantil nas redes sociais: riscos e impactos
Exposição precoce e cultura digital ameaçam a saúde mental de crianças e adolescentes
Para começar, um vídeo recente do youtuber Felca, que ultrapassou 44 milhões de visualizações, reacendeu um debate urgente: a adultização infantil nas redes sociais. A publicação denuncia práticas de exploração infantil online e reforça uma preocupação que vai além de casos isolados: o impacto da cultura digital no desenvolvimento emocional e psicológico de jovens.
Segundo Ítalo Silva, psicólogo e professor do curso de Psicologia da Estácio, a questão vai muito além do acesso a conteúdos inapropriados. “Estamos diante de uma geração que cresce imersa em telas e redes. A cultura digital traz oportunidades, mas também riscos, como a erotização precoce e a pressão por se encaixar em padrões de comportamento adulto. Isso pode afetar diretamente a saúde mental de crianças e adolescentes, gerando ansiedade, baixa autoestima e dificuldades nas relações sociais”, afirma.
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Consequências emocionais e comportamentais
Além disso, o especialista destaca que a exposição precoce a conteúdos sexualizados pode comprometer o desenvolvimento emocional. Como resultado, comportamentos inadequados podem ser naturalizados, mesmo sem a maturidade necessária para compreendê-los. Outro ponto crítico é quando a criação de conteúdo digital, antes uma atividade lúdica, passa a seguir a lógica do engajamento e da validação social, transformando o brincar em fonte de estresse.
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Sinais de alerta e o papel dos pais
Por isso, é fundamental que pais e responsáveis fiquem atentos a sinais de alerta. Mudanças bruscas de comportamento, isolamento, perda de interesse por atividades presenciais e aumento da ansiedade podem indicar que o uso das redes ultrapassou o limite saudável.
Ademais, Ítalo reforça a importância do uso consciente e equilibrado da internet. “As redes sociais podem fazer parte da vida, mas não podem substituir a convivência familiar, a escola e as brincadeiras presenciais. O equilíbrio é o que garante saúde mental”, destaca o psicólogo.
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Construção da identidade e presença ativa
Por fim, o tema reforça a conexão entre um debate nacional e uma realidade cotidiana: o papel da cultura digital na construção da identidade de crianças e adolescentes. Assim sendo, cabe aos pais conversar sobre sexualidade de forma adequada à idade, supervisionar o uso das redes e, acima de tudo, manter uma presença ativa e atenta na vida dos filhos — o que é essencial para prevenir os efeitos negativos da adultização infantil.