Com o aumento dos números, autoridades de saúde reforçam medidas de prevenção e monitoramento em todo o país
Entre janeiro e agosto deste ano, o Brasil registrou 945 casos confirmados e suspeitos de Mpox, superando o total de 853 casos registrados durante todo o ano passado. Além disso, há 264 casos em investigação.
Essas informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde em seu boletim semanal.
Segundo o boletim, a região Sudeste concentra a maior parte dos casos de Mpox no Brasil, com 80,7% do total, ou seja, 763 casos.
Os estados com o maior número de ocorrências são: São Paulo, com 487 casos (51,5%); Rio de Janeiro, com 216 casos (22,9%); Minas Gerais, com 52 casos (5,5%); e Bahia, com 39 casos (4,1%).
Não foram registrados casos confirmados ou suspeitos no Amapá, Tocantins e Piauí.
De acordo com o informe, o perfil dos casos confirmados e suspeitos no país, continua a mostrar predominância de indivíduos do sexo masculino, representando 94,9% (897 casos). A faixa etária mais afetada é a de 18 a 39 anos, com 75,7% dos casos (679 ocorrências).
Apenas um caso foi registrado em crianças de até 4 anos. Até agora, não há registros de casos confirmados ou suspeitos em gestantes.
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MPOX
A Mpox é uma doença infecciosa zoonótica causada pelo vírus que afeta seres humanos e outros mamíferos. A transmissão do vírus acontece principalmente por contato direto com as lesões de pele (até as crostas) ou objetos contaminados, secreções respiratórias de animais silvestres infectados e fluidos corporais, como secreções e sangue de pessoas.
Qualquer indivíduo que tenha tido contato físico próximo com alguém doente está em risco de ter a doença.
Os sintomas da Mpox surgem entre 3 e 16 dias, podendo chegar a 21 dias, após o contato com o vírus.
Os sintomas iniciais da doença são inespecíficos, como mal-estar, fadiga, febre, dores de cabeça e mialgia. Surgem aumento dos gânglios linfáticos, principalmente na região do pescoço e as lesões cutâneas. Essas lesões da pele podem aparecer antes ou depois da febre e caracterizam-se por bolhosas ou planas, com líquido claro ou amarelado no interior das lesões bolhosas.
Podem ocorrer em qualquer parte do corpo inclusive em mucosas como boca, olhos, órgãos sexuais e ânus, no entanto, tendem a se concentrar mais no rosto, palma das mãos e planta dos pés. Evoluem até crostas, que ainda são consideradas infectadas, e só após a sua queda é que não são mais transmissíveis.
PREVENÇÃO
As principais medidas de controle são o isolamento dos doentes e suspeitos, o rastreamento e monitoramento dos contatos íntimos e familiares do paciente, bem como a utilização de equipamentos de proteção individual pelos doentes e profissionais de saúde ou cuidadores dos casos (como o uso de máscaras, já que o contágio pode ocorrer pelas vias respiratórias).
Além disso, deve-se evitar coçar as lesões para não levar às infecções secundárias da pele e a propagação da doença. Para se prevenir da Monkeypox, é necessário, portanto, redobrar os cuidados no dia a dia, até mesmo o simples ato de lavar as mãos constantemente.
Existem duas vacinas contra a Mpox: a Jynneos e a Imvanex. Embora a vacina contra a varíola também confira proteção à Mpox, ainda não se sabe se é eficaz contra a nova variante.
As duas específicas, até o presente momento, são destinadas a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e para pessoas diagnosticadas com HIV, imunossuprimidos, que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença (pós-exposição), além de profissionais de laboratórios que trabalham diretamente com o vírus. A Anvisa renovou a dispensa de registro das duas vacinas citadas.
Fontes
Agência Brasil e CNNBrasil
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