Na última sexta-feira, 28, Emmanuele Marques deixou a secretaria de saúde apenas duas semanas após assumir o cargo. Ela foi a sexta secretária da gestão Bravo. Governo que acumula uma grande instabilidade desde o seu início.
Renato Bravo venceu as eleições municipais de 2016. Em dezembro daquele ano, Bravo anunciou os nomes dos secretários das pastas do executivo. Na saúde: Rodrigo Romito.
Em coletiva realizada no dia 6 de janeiro de 2017, a prefeitura e o secretário enfatizaram que a saúde era a prioridade do governo. “É um assunto que nós entendemos como, nesse momento, prioritário, né? E foi uma semana de muita luta, muito trabalho, muita dedicação e levantamento de dados e informações.” A fala do prefeito pode ser conferida aqui.
Porém, Rodrigo ficou a frente da pasta por apenas dois meses. No dia 14 de fevereiro, Romito saiu do cargo alegando motivos pessoais. A subsecretária de atenção hospitalar, Michelle Silvares, assumiu interinamente a gestão.
Quase um mês depois, no dia 20 de março, a enfermeira Suzanne Menezes foi nomeada para o cargo pelo chefe do executivo. Suzanne veio da equipe de saúde do Rio de Janeiro e já possuía 29 anos de experiência na área. Michelle Silvares, então secretária interina, se tornou subsecretária. Na época, Renato Bravo declarou que seria uma dobradinha fundamental para a pasta. “Essa dobradinha aqui, pra nós, é fundamental para que o comitê possa se desenvolver, para que se possa alcançar os resultados que nós desejamos na saúde”.
Mas a dupla só ficou na saúde friburguense até o dia 20 de dezembro de 2017 quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca na cidade. A operação “Esterilização” começou após uma denúncia de superfaturamento na saúde, feita pelo Ministério Público Federal. Os alvos da operação eram Suzanne e Michelle.
Com ambas afastadas da pasta, Christiano Huguenin assume, uma semana depois, a secretaria, mais precisamente no dia 27 de dezembro daquele ano. Em coletiva, o vereador, que no período também acumulava a secretaria de assistência social, destacou que o Hospital Municipal Raul Sertã seria a prioridade e que o planejamento era a palavra chave de sua gestão para adequar o setor.
No dia 3 de janeiro de 2018, Christiano anunciou o nome da sua subsecretária: Tânia Trilha. A advogada assumiu a gestão da pasta em 5 de setembro do ano passado, quando Huguenin foi realocado como secretário da Casa Civil. A mudança ocorreu em meio a abertura de um inquérito da Polícia Federal para investigar a contratação emergencial da empresa que fornecia alimentos ao Hospital Raul Sertã.
Tânia permaneceu a frente da saúde de Nova Friburgo até junho de 2019. Um áudio, de conteúdo polêmico, envolvendo a então secretária circulou pelas redes sociais. A repercussão do arquivo resultou em um pedido de exoneração da advogada.
Um dia após a sua saída, no dia 12 de junho, a secretaria de assistência social encontra novamente a saúde, quando o prefeito realoca Emmanuele Marques.
Apenas duas semanas à frente do cargo, Emmanuele pede exoneração alegando questões partidárias. O pedido foi feito na sexta-feira, 28, mesmo dia em que Bravo entra de férias. Com a ausência do chefe do executivo, o vice prefeito Marcelo Braune assume a saúde interinamente, com uma comissão de gestão formada pelo secretário de governo, Gilberto Salarini, secretário da casa civil, Walter Thuller, pela controladora-geral, Elizabeth Morais, e o procurador-geral do município, Ulisses da Gama.
Renato Bravo retorna de suas férias até o dia 15 de julho. Nessas duas semanas, Marcelo Braune se torna o sétimo secretário de saúde do governo Bravo.
Quem será o próximo na dança das cadeiras da saúde de Nova Friburgo?
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