Decisão no plenário evita cassação do mandato

A sessão contou com 318 votos favoráveis à suspensão, 141 contrários e 3 abstenções. O Conselho de Ética recomendava a cassação de Glauber Braga por um episódio de confronto físico com integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) dentro do Congresso.

Entretanto, o plenário optou por uma pena mais branda, articulada por aliados e parlamentares de outras bancadas. A suspensão temporária mantém os direitos políticos do deputado, permitindo sua elegibilidade após o fim do período.

Protesto e repercussão política

Na véspera da votação, Glauber ocupou a Mesa Diretora da Câmara em protesto contra o processo. Ele foi retirado à força por agentes da Polícia Legislativa, em uma ação que interrompeu a sessão e chamou atenção nas redes sociais.

Além disso, o deputado contou com manifestações de apoio dentro e fora do Congresso. O PSOL interpretou a decisão como “vitória parcial”, uma vez que garantiu a preservação do mandato, mesmo com a suspensão temporária.

 Suspensão de Glauber Braga reforça tensão entre grupos políticos

A suspensão de Glauber Braga ocorre em um contexto de crescente tensão entre parlamentares de diferentes correntes ideológicas. Por isso, o episódio também foi visto como um reflexo das disputas políticas internas no Legislativo.

Como resultado, a decisão abre precedentes para outros casos semelhantes, em que a cassação pode ser substituída por medidas disciplinares alternativas. Glauber, por sua vez, permanece afastado das atividades parlamentares até o término da suspensão, mas deve retomar seu mandato em 2026, já que continua elegível.

Por fim, o caso reacende o debate sobre os limites do decoro parlamentar e o uso político das punições disciplinares, especialmente quando envolvem parlamentares de oposição.