O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados analisa um processo contra Glauber Braga (PSOL-RJ), acusado de agressão física a Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). O episódio ocorreu em abril de 2024 e marcou uma escalada de tensão entre os dois.
Durante o embate, o deputado expulsou Costenaro do prédio com empurrões e chutes. A confusão se prolongou até a área externa da Câmara, chamando a atenção de outros parlamentares e da imprensa. Cassação Glauber Braga é, desde então, tema central nas discussões do colegiado.
Para começar, o Partido Novo apresentou uma representação contra Braga. Segundo o documento, o parlamentar teria ameaçado Costenaro caso ele tentasse retornar ao local. Além disso, o relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), votou pela cassação do mandato de Braga, sob alegação de quebra de decoro.
Não apenas isso: o relatório ressalta que o comportamento de Braga extrapola os limites aceitáveis para um deputado federal. Como resultado, a recomendação é pela perda imediata de seu mandato.
Defesa do parlamentar e novo prazo
Apesar disso, Braga defendeu-se. Segundo ele, Costenaro o provocava frequentemente, inclusive com ofensas dirigidas à sua mãe. Ademais, o parlamentar afirma que a reação foi resultado de reiteradas situações de tensão.
Ele não poupou críticas ao relator do caso e acusou o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) de ser o real autor do parecer exposto por Paulo Magalhães.
“O relator, no seu desespero em poder agradar quem de fato escreveu o relatório, nem disfarçou. O que eu disse naquele dia, deputado, e o que eu repito aqui no dia de hoje, é que quem escreveu o seu relatório foi o senhor Arthur Lira.”
Em seguida, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu vistas ao processo. Assim sendo, a decisão final foi adiada para a próxima semana.
Logo depois da conclusão do parecer, diversos parlamentares se manifestaram nas redes. Por fim, o caso segue gerando polêmica e poderá abrir precedentes sobre os limites da atuação política dentro do Congresso.
Cassação Glauber Braga volta a ser tema de destaque na próxima reunião do Conselho, com expectativa de votação decisiva.
O relatório de Paulo Magalhães deve ser votado na próxima sessão do Conselho de Ética, ainda sem data definida. Caso o parecer seja aprovado, ele segue para o plenário da Câmara, que dará a palavra final a respeito do tema.
Para que o mandato de Glauber seja cassado, são necessários ao menos 257 votos (maioria absoluta), em votação aberta.
Jornalista com experiência em assessoria de imprensa, telejornalismo e Webwriting
