CCJ rejeita recurso de Glauber Braga contra cassação de mandato
abril 24, 2025
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Relator da Comissão de Constituição e Justiça nega argumentos de Glauber Braga; plenário decidirá sobre cassação
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A CCJ da Câmara rejeitou o recurso do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) contra a decisão do Conselho de Ética que recomendou a cassação de seu mandato por quebra de decoro. O relator Alex Manente argumentou que as alegações não cabem à CCJ por tratarem do mérito já analisado. Glauber alega perseguição política por denunciar o “orçamento secreto” e chegou a fazer greve de fome. O caso segue para votação no plenário em até 60 dias, e a cassação exige ao menos 257 votos favoráveis.
CCJ rejeita recurso de Glauber Braga contra cassação de mandato
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou o recurso apresentado por Glauber Braga (PSOL-RJ). O parlamentar tentava anular a decisão do Conselho de Ética, que havia recomendado a perda de seu mandato. Segundo o relator do caso, deputado Alex Manente (Cidadania-SP), os argumentos de Braga não se encaixam nas competências da CCJ, pois já foram avaliados anteriormente pelo Conselho.
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CCJ considera argumentos improcedentes
Além disso, Manente explicou que as alegações de cerceamento de defesa, suspeição do relator e desproporcionalidade da pena não se sustentam. Da mesma forma, ele reforçou que o processo possui natureza política. Portanto, a CCJ não poderia aplicar regras jurídicas como a suspeição que valem no Judiciário.
Como resultado, a comissão manteve a recomendação original. Assim sendo, o parecer segue agora para a análise do plenário.
Por outro lado, Glauber Braga sustenta que enfrenta perseguição política dentro da Câmara. Segundo ele, o processo teve início após suas denúncias contra o “orçamento secreto”, que funcionou durante a gestão do então presidente Arthur Lira (PP-AL). Ainda mais, o deputado afirmou que o rito do processo feriu o direito à ampla defesa.
Para protestar, ele iniciou uma greve de fome que durou nove dias. Posteriormente, ele suspendeu o protesto após acordo com o atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Como parte do entendimento, a votação no plenário ocorrerá apenas após um prazo de 60 dias.
Cassação de Glauber vai ao plenário da Câmara
Para concluir, a decisão sobre a cassação de Glauber Braga caberá ao plenário da Câmara. Em seguida à aprovação do parecer na CCJ, os deputados terão que votar o caso. A cassação exige o apoio de 257 dos 513 parlamentares. Em resumo, o futuro político de Braga será definido nos próximos dois meses.