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Cyberbullying:  em novo formato, agressões através da internet expõem problema antigo

  • março 22, 2023
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Adolescência: época de amadurecimento, de descobertas e da transição para a vida adulta. Nesta fase o cérebro ainda não está totalmente desenvolvido, o que pode gerar conflitos internos

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Cyberbullying:  em novo formato, agressões através da internet expõem problema antigo

Adolescência: época de amadurecimento, de descobertas e da transição para a vida adulta. Nesta fase o cérebro ainda não está totalmente desenvolvido, o que pode gerar conflitos internos e também com outras pessoas. 

É principalmente neste período que também se observa um tema muito debatido nos dias de hoje: o bullying, palavra de origem inglesa que significa a agressão e intimidação repetitivas contra um indivíduo. Na última semana um caso em Nova Friburgo acendeu o alerta para a agressão, que desta vez aconteceu na internet, contra uma menina de 13 anos.

O pai da vítima, que prefere não se identificar, diz que tomou ciência das agressões através de prints de uma publicação nas redes sociais. No post, diversos xingamentos foram feitos contra a adolescente, fazendo com que a família levasse o caso à polícia.

O delegado titular da 151ª DP, Henrique Pessoa, explica que o Bullying em si não é crime, mas que os atos praticados a partir dele podem ser enquadrados em diversos delitos, como: injúria, difamação, crime contra a honra, racismo e homofobia. Os adolescentes entre 12 e 18 anos podem ser penalizados, recebendo as sanções socioeducativas previstas para menores infratores, quadro que pode ser agravado caso o ataque tenha acontecido na internet.

A punição pode vir através da lei, mas apesar de importante, não tira o trauma de quem sofre a agressão. As marcas ficam, assim como a vergonha pelo ocorrido, fazendo com que a vítima se sinta culpada, mesmo sem ter culpa.

Por isso, a maioria dos casos nem chegam a ser notificados. Quadro que para o delegado acontece por dois motivos: desinformação e revitimização, o medo da vítima de ser novamente atacada e de se expor ainda mais.

Para a psicóloga Camila Veronese, o assunto deve ser abordado em todos os setores da sociedade,e principalmente, dentro de casa. De acordo com ela, é através do acolhimento familiar que se pode entender o contexto em que o jovem está inserido para quebrar o quadro de violência.

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