Bactérias que causam doenças graves
Como exemplo, o especialista destaca a Porphyromonas gingivalis (P. gingivalis), uma das principais responsáveis por doenças periodontais. Essa bactéria aparece com frequência em casos de periodontite, aterosclerose, doenças cardiovasculares, câncer oral e colorretal, artrite reumatoide e complicações na gestação.
Ademais, ele aponta a ligação entre a má higiene bucal e o surgimento de cânceres de cabeça e pescoço, como o carcinoma oral de células escamosas (OSCC). Outro microrganismo perigoso é a Fusobacterium nucleatum (F. nucleatum), que colabora para o desenvolvimento de câncer colorretal e também está relacionada ao câncer de pâncreas — um dos mais letais devido ao diagnóstico tardio.
Câncer de pâncreas e microrganismos orais
Como ilustração, o professor menciona que microrganismos orais como P. gingivalis, E. nodatum, P. micra e fungos como Candida sp. elevam em até 3,4 vezes o risco de desenvolver câncer de pâncreas. Isto é, microrganismos bucais, muitas vezes subestimados, afetam diretamente a saúde sistêmica. Portanto, a prevenção torna-se ainda mais essencial.
Além disso, estudos internacionais reforçam essa correlação, o que evidencia a importância da odontologia preventiva. Assim sendo, a conscientização sobre esses riscos precisa alcançar toda a população.
Como identificar uma boca saudável
De acordo com o especialista, uma boca saudável não apresenta feridas, mau cheiro, dor ou sangramentos. Entretanto, ele ressalta que esses sinais surgem com frequência e devem ser observados com atenção. “Precisamos manter o equilíbrio entre as bactérias que vivem na nossa boca”, afirma.
Por fim, o professor reforça que doenças bucais exigem cuidados, já que podem evoluir para condições graves, incluindo diferentes tipos de câncer. Em síntese, saúde bucal é saúde geral.