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Friburgo: direitos e deveres no trabalho temporário

  • dezembro 10, 2025
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Advogado orienta sobre trabalho temporário em Friburgo, destacando direitos, deveres e cuidados legais para trabalhadores e empregadores.

Friburgo: direitos e deveres no trabalho temporário

O fim do ano é marcado pelo aumento das contratações temporárias, principalmente em setores como comércio, indústria, transporte e serviços. Em Nova Friburgo, essa pode ser uma chance valiosa para conquistar uma vaga efetiva. O advogado Pedro Henrique Carvalho Silva esclarece os principais direitos e deveres envolvidos nesse tipo de contratação. Regido pela Lei 6.019/74, o trabalho temporário tem prazo máximo de 180 dias, prorrogável por mais 90, e garante benefícios como 13° salário proporcional, férias proporcionais e FGTS, mas não inclui aviso prévio nem multa rescisória. O profissional também possui direito à estabilidade pós-acidente de trabalho. Além disso, é essencial que empresas cumpram rigorosamente os prazos e formalidades contratuais. O não cumprimento pode gerar vínculo empregatício direto. O trabalho temporário pode, portanto, ser uma via legítima para a inserção no mercado formal, desde que respeitada a legislação vigente.

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Setores que mais contratam no fim do ano

Em primeiro lugar, o trabalho temporário no final do ano representa uma chance concreta para quem deseja conquistar uma vaga efetiva. A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) estima que empresas brasileiras abrirão cerca de 535 mil vagas até dezembro de 2025. De acordo com o advogado Pedro Henrique Carvalho Silva, professor de Direito da Estácio, os setores com maior demanda são indústria, comércio, logística, transporte e serviços. Esses ramos aumentam suas contratações em períodos como Black Friday e Natal, devido ao crescimento do consumo.

O que diz a lei sobre o trabalho temporário

Apesar de seguir regras diferentes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o regime temporário oferece garantias legais importantes. Para começar, o contrato temporário tem prazo máximo de 180 dias, prorrogável por mais 90. A Lei nº 6.019/74 estabelece esses limites. Pedro Henrique explica que o regime CLT prevê prazo indeterminado, estabilidade relativa e direitos como aviso prévio e multa de 40% sobre o FGTS em caso de demissão sem justa causa. Já o contrato temporário não inclui esses benefícios, mas garante pagamento proporcional de férias, 13º salário e depósito de FGTS.

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Benefícios e restrições para o trabalhador temporário

Além disso, o profissional contratado temporariamente recebe os valores proporcionais ao tempo de serviço no fim do contrato. No entanto, ele não tem direito a aviso prévio nem à multa de 40% sobre o FGTS. Segundo o advogado, esses pontos tornam o contrato mais flexível para empresas que precisam de reforços pontuais.

Acidente de trabalho: quais são os direitos?

Apesar do caráter transitório, os trabalhadores temporários têm os mesmos direitos que os formais em caso de acidente. O colaborador pode receber atendimento médico, auxílio-doença acidentário e estabilidade por 12 meses após o retorno. Enquanto isso, a empresa precisa manter os depósitos de FGTS durante o afastamento. Se o empregador tiver responsabilidade comprovada no acidente, o profissional pode exigir indenização.

Cuidados legais para evitar prejuízos futuros

Para evitar problemas judiciais, as empresas devem justificar a contratação temporária, formalizar o contrato por escrito e respeitar os prazos legais. “Contrate uma empresa registrada para cuidar da seleção e evite estender o vínculo além do permitido. O trabalhador temporário precisa receber tratamento equivalente ao dos empregados CLT”, orienta Pedro.

Em seguida ao fim do contrato de 180 dias (ou 270 com prorrogação), o empregador só pode readmitir o mesmo profissional após 90 dias. Caso contrário, a Justiça do Trabalho pode entender que houve fraude, obrigando o reconhecimento de vínculo empregatício direto e o pagamento de todas as verbas trabalhistas.

Por fim, o trabalho temporário pode ser uma porta de entrada para o mercado formal, desde que empregadores e trabalhadores sigam as normas previstas em lei.


Direitos no trabalho temporario
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