Março Amarelo: Conscientização e prevenção da endometriose
março 12, 2025
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Campanha Março Amarelo promove conscientização sobre a endometriose
Março Amarelo reforça conscientização sobre a endometriose
É de destaque que a endometriose é uma doença inflamatória crônica que afeta mulheres em idade reprodutiva, comprometendo significativamente a qualidade de vida e a fertilidade. Durante o mês de março, a campanha do Março Amarelo busca, portanto, conscientizar a população sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento dessa condição.
Estima-se que a endometriose acometa cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil, o que representa aproximadamente 7 milhões de brasileiras. Para se ter uma ideia da relevância do tema, em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou mais de 26,4 mil atendimentos relacionados à doença, além de cerca de 8 mil internações.
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Principais sintomas e diagnóstico
É essencial a campanha Março Amarelo para que as mulheres saibam os sinntomas e o diagnóstico. Primeiramente, os sintomas da endometriose incluem cólicas menstruais intensas, dor crônica na região pélvica, desconforto durante a relação sexual, alterações intestinais e urinárias no período menstrual e dificuldades para engravidar. A doença ocorre quando um tecido semelhante ao endometrial cresce fora do útero, podendo afetar órgãos como ovários, bexiga e intestino.
Para esclarecer a importância do diagnóstico precoce, Lucélia Cardoso, docente de Enfermagem da Estácio, ressalta a necessidade de atenção aos sinais da doença:
O check-up de rotina é fundamental para a detecção precoce de anormalidades no sistema reprodutivo feminino, prevenindo consequências que podem afetar a qualidade de vida e a fertilidade.
O diagnóstico da endometriose envolve consulta clínica, exame físico e exames complementares, como ultrassonografia, ressonância magnética e, em alguns casos, laparoscopia para confirmação. Dessa forma, é possível identificar o quadro com mais precisão.
Além disso, é essencial compreender que a endometriose pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo do local afetado. A condição pode ser superficial (peritoneal), quando atinge o peritôneo; ovariana, se formar cistos nos ovários; profunda, ao comprometer órgãos como bexiga e intestino; e adenomiose, quando invade a camada muscular do útero.
O tratamento, por sua vez, varia conforme a gravidade dos sintomas e os objetivos reprodutivos da paciente. Entre as opções estão o uso de analgésicos, terapia hormonal e procedimentos cirúrgicos para remoção dos tecidos comprometidos. Entretanto, em casos mais graves, pode ser necessária a histerectomia (retirada do útero).
Lucélia Cardoso enfatiza a necessidade de um atendimento multidisciplinar:
O suporte de profissionais da área médica, enfermagem, fisioterapia pélvica, nutrição e psicologia é essencial para um melhor manejo da condição.
Para mulheres que desejam engravidar, a fertilização in vitro (FIV) pode ser uma alternativa viável, dependendo do quadro clínico. Contudo, é importante ressaltar que hábitos saudáveis contribuem para o controle da endometriose. A adoção de uma alimentação equilibrada, rica em ômega-3, frutas, verduras e fibras, associada à prática de atividades físicas regulares, auxilia na redução da inflamação e dos sintomas da doença.
A importância da conscientização
Ainda mais relevante é entender que o Março Amarelo reforça a necessidade de abrir espaço para o debate sobre a endometriose e incentivar o diagnóstico precoce. Muitas mulheres, no entanto, ainda enfrentam barreiras para falar sobre os sintomas, seja por receio ou desconhecimento, o que pode retardar o início do tratamento.
Por fim, discutir o tema amplia a disseminação do conhecimento e incentiva a busca por atendimento adequado. Dessa forma, o diagnóstico precoce se torna fundamental para reduzir os impactos da doença na vida da mulher.