Março Azul alerta sobre o câncer colorretal no Brasil

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é o terceiro tipo de tumor maligno mais comum no Brasil. Perde apenas para os cânceres de pele não melanoma, de mama e de próstata. A doença afeta o cólon e o reto, surgindo a partir de pólipos intestinais. Além disso, o câncer de intestino atinge principalmente pessoas com mais de 50 anos. No entanto, especialistas observam um aumento de casos em pessoas mais jovens. Isso pode estar relacionado aos hábitos alimentares inadequados e ao consumo excessivo de alimentos ultraprocessados.

Março Azul: uma campanha pela prevenção

Para incentivar o diagnóstico precoce e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) e a Sociedade Brasileira de Colonoscopia (SBCP) lançaram a campanha Março Azul em 2014. Com o tema “Chegou a hora de salvar sua vida”, a iniciativa busca conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer colorretal.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para os anos de 2023 a 2025 é de aproximadamente 45 mil novos casos anuais da doença no Brasil. Isso equivale a uma incidência de 21 casos por 100 mil habitantes, sendo 21 mil em homens e 23 mil em mulheres. Como resultado, o câncer colorretal ocupa o terceiro lugar entre os tipos mais comuns no país e a segunda maior causa de morte relacionada ao câncer. A maior taxa de incidência ocorre na região Sudeste, embora as regiões Sul e Centro-Oeste também apresentem índices elevados.

Sinais de alerta e diagnóstico precoce

Renata Serafim Espindola, fisioterapeuta e professora de Fisioterapia na Estácio, explica que o câncer colorretal pode ser assintomático em seus estágios iniciais. Isso dificulta o diagnóstico precoce, tornando a prevenção ainda mais essencial. Com o avanço da doença, alguns sintomas podem surgir, como diarreia persistente, prisão de ventre, presença de sangue nas fezes, dor abdominal, sensação de evacuação incompleta, cansaço e anemia.

“O diagnóstico tardio reduz as chances de cura e aumenta os custos do tratamento. Por isso, a detecção precoce é a estratégia mais eficaz para salvar vidas e evitar intervenções invasivas”, afirma Renata.

Fatores de risco e prevenção

Existem diversos fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer colorretal. Entre eles estão fatores genéticos, alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e doenças inflamatórias intestinais. O diagnóstico inclui exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como colonoscopia, exame de sangue e tomografia computadorizada.

A prevenção passa por hábitos saudáveis e pela realização de exames periódicos, especialmente para pessoas com mais de 50 anos ou que possuem fatores de risco. Dessa forma, é possível aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade pela doença.

Mudança de hábitos para prevenir o câncer de intestino

Adotar um estilo de vida mais saudável é fundamental para prevenir o câncer colorretal. Isso inclui uma alimentação balanceada, rica em fibras e vegetais, além da prática regular de atividades físicas. Evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco também contribui para a prevenção.

Portanto, durante o Março Azul, a conscientização sobre o câncer colorretal se torna essencial para incentivar o diagnóstico precoce e a adoção de hábitos saudáveis. Dessa forma, é possível salvar vidas e diminuir as estatísticas alarmantes da doença no Brasil.

Sofia Pinheiro

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