Megaoperação no RJ resgata 700 animais silvestres e prende 45 pessoas
setembro 17, 2025
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Maior ação contra o tráfico de animais no estado do Rio identifica esquema ligado a facções criminosas e resgata centenas de espécies silvestres.
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A “Operação São Francisco”, realizada pela DPMA e o Inea, desmantelou uma das maiores organizações de tráfico de animais do Rio de Janeiro. Foram 45 presos e cerca de 700 animais resgatados. A quadrilha atuava em diversos estados e tinha ligação com o tráfico de drogas. O esquema incluía núcleos para caça, dopagem, falsificação e venda de animais, com especial crueldade no transporte. As investigações, que duraram um ano, revelaram ainda o uso de documentos falsos para disfarçar a origem dos animais, retirados inclusive de áreas de preservação, como o Parque Nacional da Tijuca. Os bichos foram levados à Cidade da Polícia para cuidados e, posteriormente, serão reintroduzidos na natureza. A operação envolveu mais de mil agentes e cumpre 270 mandados. As autoridades alertam para a continuidade do combate ao comércio ilegal de fauna.
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Megaoperação no RJ resgata 700 animais silvestres e prende 45 pessoas
Uma das maiores ofensivas contra o tráfico de animais no estado do Rio de Janeiro foi realizada nesta terça-feira (16). Primeiramente, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deram início à “Operação São Francisco”, resultado de um ano de investigações. A ação resultou na prisão de 45 pessoas e no resgate de aproximadamente 700 animais silvestres.
🚨 Esquema criminoso com atuação interestadual
As investigações apontam que a organização atuava há décadas no tráfico de animais silvestres. Além disso, o grupo também traficava armas e munições. Foram cumpridos 270 mandados de busca e apreensão na capital, Baixada Fluminense, Região Serrana, Região dos Lagos, região metropolitana e até em outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Mais de mil policiais civis participaram da operação.
A polícia identificou 145 suspeitos com diferentes funções dentro do esquema. Como resultado da investigação, foram mapeados núcleos responsáveis pela caça, dopagem, transporte e venda dos animais.
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Atuação violenta e cruel com os animais
Segundo o delegado Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, o grupo criminoso era estruturado e armado. “Esses bandidos eram responsáveis pela caça em larga escala. Depois, os animais eram transportados de forma cruel pelos atravessadores e vendidos em feiras clandestinas”, explicou.
Não apenas isso: havia um núcleo especializado em caçar e dopar macacos, especialmente nas matas fluminenses, como o Parque Nacional da Tijuca e o Horto Florestal. Outro núcleo se dedicava à falsificação de documentos, selos públicos e anilhas para dar aparência legal à venda dos animais.
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Ligações com o tráfico de drogas
Entretanto, as conexões mais alarmantes envolvem facções criminosas. O inquérito mostra que os traficantes de animais mantinham relações diretas com grupos do tráfico de drogas, o que facilitava a comercialização em feiras clandestinas localizadas em áreas dominadas por esses grupos.
Animais resgatados recebem cuidados
Logo depois da operação, a maioria dos 700 animais resgatados foi levada para a Cidade da Polícia. No local, recebem atendimento veterinário e passam por perícia. Em seguida, serão encaminhados a centros de triagem, com o objetivo de serem reintroduzidos em seu habitat natural.
Responsabilidade e continuidade da ação
De acordo com a Polícia Civil, a operação terá desdobramentos para responsabilizar os consumidores finais e ampliar a repressão ao comércio ilegal de espécies silvestres. Por fim, autoridades reforçam a importância da denúncia anônima como ferramenta essencial no combate ao tráfico de animais.