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Outubro Rosa alerta para saúde e acolhimento de mulheres trans

  • outubro 23, 2025
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A campanha Outubro Rosa amplia o debate sobre prevenção, inclusão e direitos das mulheres trans no cuidado com a saúde pelo SUS.

Outubro Rosa alerta para saúde e acolhimento de mulheres trans

O Outubro Rosa de 2024 traz um reforço importante: ampliar a visibilidade das mulheres trans no acesso à saúde e à prevenção. Segundo a enfermeira Cissa, é fundamental garantir acompanhamento da hormonioterapia, exames de monitoramento hormonal e rastreamento com marcadores tumorais. Além disso, o cuidado deve incluir atenção à saúde mental, oferta de métodos contraceptivos e apoio em procedimentos cirúrgicos de afirmação de gênero. A Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT, instituída por portarias do Ministério da Saúde, garante esse direito no SUS. A escuta qualificada e o acolhimento nos serviços de saúde são essenciais para que essas mulheres tenham acesso pleno, digno e respeitoso. Neste Outubro Rosa, a mensagem é clara: prevenção e acolhimento não têm gênero. Saúde é um direito de todas.

Campanha amplia visibilidade sobre saúde integral e direitos no SUS

O Outubro Rosa é uma das campanhas de saúde mais reconhecidas no Brasil, promovendo a prevenção do câncer de mama e outras ações voltadas à saúde da mulher. Em 2024, o movimento ganha um novo reforço: garantir acolhimento, escuta e cuidados adequados também às mulheres trans, respeitando suas especificidades e direitos no sistema público de saúde.

A enfermeira e educadora em Saúde Cissa, docente do curso de Enfermagem da Estácio, afirma que o cuidado integral deve ir além da prevenção padrão. Segundo ela, “a saúde da mulher não tem um único padrão. Para as mulheres trans, no entanto, é fundamental o acompanhamento da hormonioterapia, exames periódicos de monitoramento hormonal e o rastreamento com marcadores tumorais, já que a fisiologia é alterada pelo uso prolongado de substâncias químicas”.

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Prevenção, exames e atenção integral

Além desses cuidados específicos, é essencial manter o calendário vacinal atualizado e oferecer métodos contraceptivos seguros, como Implanon e laqueadura. Ademais, Cissa ressalta que a atenção à saúde mental deve ser constante, pois o bem-estar emocional é parte fundamental do cuidado em saúde. “Cada corpo é único e precisa de um acompanhamento exclusivo para suas necessidades”, explica.

Entre as práticas de atenção integral, também estão as cirurgias relacionadas à afirmação de gênero. Intervenções como a genitoplastia de redesignação sexual, mamoplastia de aumento, feminização facial e tireoplastia fazem parte do processo de cuidado físico e emocional dessas mulheres.

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Acesso garantido por lei

De acordo com a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, instituída pela Portaria nº 2.836/2011 e consolidada pela Portaria nº 2/2017, o SUS garante atendimento universal, gratuito e integral às pessoas trans, com acolhimento e respeito às suas necessidades.

Para muitas mulheres trans, o medo da discriminação ainda é uma barreira no acesso à saúde. “O acolhimento e a escuta qualificada são determinantes para que mulheres trans se sintam seguras ao buscar os serviços de saúde.”

Prevenção é direito de todas

Entretanto, a inclusão no cuidado ainda precisa ser ampliada. O Outubro Rosa, ao trazer visibilidade para essa pauta, reafirma que prevenção e acolhimento não têm gênero. “Promover prevenção e cuidado nesse grupo é também promover igualdade, respeito e qualidade de vida”, conclui Cissa.

Por fim, a mensagem principal da campanha ganha ainda mais sentido: mulheres trans também têm direito à saúde, à prevenção e ao cuidado digno em todos os níveis de atenção do SUS.

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