Pix é a forma de pagamento mais usada no Brasil, aponta BC
- dezembro 5, 2024
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Pesquisa revela que o Pix superou dinheiro em espécie e cartões, transformando a forma de pagamento no país.
O Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), atingiu um novo recorde histórico no último dia 29 de novembro, com 239,9 milhões de transações realizadas em 24 horas. Este marco foi impulsionado pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário e pelas movimentações da Black Friday, consolidando a ferramenta como um dos principais pilares do sistema financeiro brasileiro.
Ao todo, o Pix movimentou R$ 130 bilhões no mesmo dia, registrando o segundo maior volume financeiro diário desde sua criação, em novembro de 2020. De acordo com o Banco Central, os números refletem a importância do Pix como infraestrutura digital pública, promovendo inclusão financeira, inovação e competitividade no mercado de pagamentos.
Uma pesquisa divulgada pelo Banco Central, intitulada “O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro”, confirmou que o Pix é hoje o meio de pagamento mais utilizado no país, superando dinheiro em espécie e cartões. Cerca de 76,4% da população já usa a ferramenta, sendo o método mais frequente para 46% dos brasileiros.
Os cartões de débito e crédito aparecem na sequência, utilizados por 69,1% e 51,6% da população, respectivamente. O dinheiro em espécie, que antes dominava a preferência dos consumidores, caiu para 68,9%, uma redução significativa em relação aos 83,6% registrados em 2021.
Com mais de 170 milhões de usuários cadastrados, sendo 155 milhões de pessoas físicas e 15 milhões de empresas, o Pix se tornou um catalisador para a digitalização financeira no Brasil. Ele é especialmente relevante para pessoas de baixa renda, que antes enfrentavam dificuldades para acessar serviços bancários tradicionais.
Ainda assim, o uso de cédulas e moedas permanece relevante em determinados perfis demográficos, como idosos e pessoas de menor renda, segundo o levantamento do BC. O dinheiro físico é usado por 72,7% das pessoas acima de 60 anos e por 75% daqueles que recebem até dois salários mínimos, reforçando que a inclusão digital ainda é um desafio.
Com recordes sucessivos e um crescimento contínuo, o Pix segue transformando o cenário financeiro do Brasil. A expectativa é que ele continue a liderar o mercado de pagamentos, promovendo inovação e acessibilidade, enquanto métodos tradicionais, como o dinheiro em espécie, permanecem como alternativas complementares para parte da população.
A pesquisa e os números demonstram que o Pix não apenas modernizou o sistema financeiro brasileiro, mas também redefiniu o comportamento dos consumidores, tornando-se indispensável na rotina de milhões de pessoas.
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