Após exames feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em pacientes atendidos no Estado do Rio de Janeiro identificarem novas variantes do coronavírus, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou uma entrevista coletiva ontem, 17, para esclarecer o que se sabe, até o momento, sobre os possíveis casos.
Segundo o informado, são cinco casos confirmados, sendo um com a variante oriunda do Reino Unido e os outros quatro, com a variante de Manaus. A chegada dessas mutações do vírus ao estado já era esperada, segundo o secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves, o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, e a equipe da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da SES. Eles também disseram que as investigações epidemiológicas dos cinco casos estão em andamento. E só após a conclusão dessa investigação será possível afirmar se essas variantes estão ou não circulando no estado.
“O que precisa ser destacado é que não se pode ainda afirmar que os casos são autóctones (contraídos no próprio município) ou importados. Sendo assim, a identificação dessas mutações não pode ser associada com a transferência de pacientes de outros estados” esclareceu o superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Mário Sérgio Ribeiro.
Em paralelo, o estado do Rio de Janeiro já participa de um programa de monitoramento de variantes da Covid-19, organizado pelo Ministério da Saúde. Há quatro semanas, tem sido feito o envio de amostras para análise e das 12 enviadas até o momento para o laboratório contratado em Minas Gerais, ainda não há resultados.
“Também está em andamento o sequenciamento genético das amostras colhidas nos 58 pacientes oriundos do Amazonas e dos cinco vindos de Rondônia com Covid-19. Estamos atuando para que seja dada a esses pacientes a melhor assistência, minimizando riscos aos profissionais da saúde e à população fluminense” – disse a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES, Cláudia Mello.
Estudos apontam que, neste momento, não há evidência científica de que as novas cepas identificadas no estado do Rio de Janeiro provoquem casos mais graves de Covid-19. No entanto, já se sabe que essas variantes se disseminam com maior facilidade.
“…A princípio, a mutação que deu origem à nova linhagem não interfere na eficácia das vacinas que estão sendo aplicadas na população, o que está sendo monitorado pelos fabricantes” – pontuou o médico da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Alexandre Chieppe.
Quando questionados sobre o avanço da vacinação, responderam que as vacinas disponíveis para a segunda dose estão reservadas para serem utilizadas no tempo recomendado pelo Ministério da Saúde e que não há notificação oficial do governo federal quanto ao envio de nova remessa de vacinas para o estado.
Foto: Divulgação Governo Estadual.
Por Isabella Chaboudt
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