Uso excessivo de telas aumenta casos de lesões entre jovens
- março 10, 2025
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Especialistas orientam sobre prevenção de LER e DORT na era digital
Uso excessivo de telas aumenta casos de LER e DORT entre jovens
Para começar, o uso excessivo de telas provoca um aumento significativo de LER e DORT entre jovens e adolescentes. Antes, esses problemas estavam mais associados a profissionais que realizavam atividades repetitivas por muitos anos. No entanto, atualmente, especialistas da área da saúde identificam que adolescentes também desenvolvem dores crônicas devido ao uso prolongado de celulares, computadores e videogames.
Além disso, os especialistas apontam que a má postura, a falta de pausas e a longa exposição às telas são fatores determinantes para o agravamento desses quadros.
Segundo o professor Luciano Pereira, fisioterapeuta e docente da Estácio, “os adolescentes passam horas segurando o celular em posições inadequadas, forçando punhos, pescoço e ombros. Esse esforço repetitivo, ao longo do tempo, pode desencadear inflamações e dores crônicas.”
Para identificar o problema a tempo, é fundamental observar os sintomas, que geralmente começam de forma sutil, mas podem se agravar progressivamente. Dormência, formigamento e dores nos punhos, cotovelos e ombros são sinais comuns que não devem ser ignorados. No entanto, muitos jovens desconsideram as dores iniciais e, sem um cuidado adequado, o quadro pode evoluir para inflamações mais graves, como tendinites e síndrome do túnel do carpo.
Entretanto, os problemas não se limitam às dores musculares. A postura inadequada ao utilizar dispositivos eletrônicos também pode causar desalinhamentos na coluna, agravando ainda mais a situação. Portanto, a prevenção é essencial e deve incluir a conscientização sobre hábitos saudáveis e cuidados ergonômicos.
Para evitar complicações futuras, o professor Luciano recomenda pausas regulares durante o uso de telas, exercícios físicos frequentes e a adoção de posturas mais ergonômicas.
“A cada 30 minutos de uso, o ideal é parar um pouco, movimentar os braços e o pescoço para evitar sobrecarga”, orienta o especialista.
Além disso, quem já apresenta dores persistentes deve procurar avaliação profissional o quanto antes. Fisioterapia e exercícios específicos podem corrigir o problema antes que ele se torne crônico e incapacitante.
Para agravar a situação, o sedentarismo e o sobrepeso podem potencializar os impactos negativos do uso excessivo de telas. Estudos recentes indicam que adolescentes que passam muitas horas na frente de dispositivos eletrônicos tendem a realizar menos atividades físicas, o que enfraquece a musculatura e aumenta a predisposição a problemas posturais.
Como exemplo, a chamada Síndrome do “Text Neck” tem se tornado cada vez mais comum entre os jovens. Ela é provocada pela inclinação excessiva da cabeça ao olhar para telas e sua incidência é ainda maior em indivíduos com sobrepeso.
“O excesso de peso sobrecarrega as articulações e dificulta a recuperação de lesões musculoesqueléticas”, ressalta Luciano Pereira.
Para minimizar os impactos negativos, é essencial equilibrar o tempo de tela com atividades físicas e hábitos saudáveis. Exercícios como pilates e alongamentos são fundamentais para fortalecer a musculatura e reduzir o risco de lesões. Além disso, manter uma rotina ativa ajuda a diminuir o impacto do uso prolongado de celulares e computadores.
Por fim, com a crescente digitalização das atividades cotidianas, desde os estudos até o lazer, é imprescindível que jovens, pais e educadores estejam atentos aos impactos do tempo excessivo em frente às telas. Dessa forma, pequenas mudanças na rotina podem fazer uma grande diferença na prevenção de dores crônicas e na promoção de uma vida mais saudável.