O impacto ambiental invisível das guimbas de cigarro: uma ameaça silenciosa ao meio ambiente e à saúde humana
março 22, 2024
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Opa! Tudo verde? Bora pra mais uma Sustentabilidade em Pauta! O assunto de hoje é sobre as guimbas de cigarro que, muitas vezes vistas como resíduos insignificantes, têm
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Opa! Tudo verde?
Bora pra mais uma Sustentabilidade em Pauta!
O assunto de hoje é sobre as guimbas de cigarro que, muitas vezes vistas como resíduos insignificantes, têm um impacto devastador ao meio ambiente e à saúde humana. Este pequeno item descartado de maneira displicente representa uma ameaça crescente, causando danos irreparáveis e exigindo uma conscientização urgente sobre suas consequências.
INCÊNDIOS FLORESTAIS: UMA AMEAÇA LATENTE
Uma das maiores ameaças associadas às guimbas de cigarro é o risco de incêndios florestais. O descarte inadequado desses resíduos inflamáveis em áreas secas e propensas a incêndios pode desencadear chamas que se alastram rapidamente. Incêndios florestais de grandes proporções são frequentemente iniciados por uma única guimba negligenciada, resultando em perda de biodiversidade, destruição de habitats e colocando vidas humanas em perigo.
São quase 9 mil substâncias tóxicas que formam esse pequeno e gorduroso resíduo: a bituca de cigarro. Por ser pequena e parecer indefesa, é comum ver pessoas jogando bitucas nas ruas sem o menor constrangimento. Estima-se que 60% dos fumantes tenham esse hábito, de acordo com pesquisa do Mundo SEM Bitucas, movimento que busca conscientizar fumantes e não fumantes sobre os impactos desse material no meio ambiente. Mas os pertencentes a essa estatística não sabem que 95% dos filtros de cigarro são compostos por acetato de celulose, material de difícil degradação que pode levar cerca de 15 anos para se decompor.
A ingestão acidental por animais marinhos pode causar danos irreversíveis, afetando toda a cadeia alimentar e ameaçando ecossistemas marinhos delicados. Além dos impactos ambientais, as guimbas de cigarro também representam uma ameaça direta à saúde humana. Produtos químicos presentes nas guimbas, como nicotina e alcatrão, podem contaminar o solo e a água, afetando diretamente a qualidade dos recursos naturais essenciais para a vida humana.
Foto: pixabay.com – Segundo dados da Receita Federal (SRF, 2021), entre 2000 e 2011, a produção de cigarros (embalagens com vinte unidades) se manteve na média dos 5.267.670.822 de embalagens produzidas.
E se engana que o cigarro causa danos graves apenas ao meio ambiente, ele também faz muito mal ao fumante, trazendo sérios problemas de saúde: câncer, doenças respiratórias, doenças cardiovasculares, problemas vasculares, complicações na gravidez, problemas oculares, problemas dentários, comprometimento do sistema imunológico, problemas na pele e vício e dependência.
Todavia, se você ainda não conseguiu se libertar do cigarro, é importante adotar medidas conscientes acerca do impacto prejudicial das guimbas de cigarro e evitar o descarte inadequado desses resíduos. Algumas soluções eficazes incluem:
CINZEIROS PORTÁTEIS: Fumantes podem carregar cinzeiros portáteis para descartar as guimbas de maneira segura e responsável.
CONSCIENTIZAÇÃO: Campanhas educativas podem destacar os impactos negativos das guimbas no meio ambiente, incentivando mudanças de comportamento.
PONTOS DE DESCARTE ADEQUADO: Instalação de lixeiras específicas para descarte de guimbas em áreas públicas, promovendo a eliminação correta desses resíduos.
INCENTIVOS PARA DESCARTE RESPONSÁVEL: Implementação de programas que recompensam fumantes que descartam suas guimbas de maneira adequada.
A batalha contra o impacto das guimbas de cigarro requer uma abordagem coletiva, envolvendo governos, organizações e indivíduos. A conscientização e a mudança de hábitos são cruciais para proteger nosso meio ambiente e garantir um futuro mais saudável para todos.
Alex Santos, Ceo da EcoModas Soluções Sustentáveis, é responsável pela estratégia e comunicação da marca que vem se tornando referência em economia circular no Brasil. Ambientalista atuante desde 2010, já contribuiu com ações de plantio de mais de 35 mil árvores e está a frente de alguns projetos premiados voltados à educação ambiental que envolvem crianças, jovens e adultos.
Tornou-se jornalista em 2008, entretanto iniciou a sua carreira em comunicação na juventude escrevendo cartas sociais escritas de próprio punho para pessoas de todo Brasil que ele mesmo sequer conhecia pessoalmente.