Durante o mês de agosto acontece, em todo o Brasil, o #AgostoLilás, campanha que nasceu com o objetivo de alertar a população sobre a importância da prevenção e do enfrentamento à violência contra a mulher, incentivando as denúncias de agressão, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e até patrimoniais.
A violência contra as mulheres é uma violação de direitos humanos e um grave problema de saúde pública. Ela pode trazer como consequências: mortes, lesões, traumas físicos e vários tipos de agravos mentais e emocionais. Além disso, diminui a qualidade de vida das mulheres e de suas famílias, gerando prejuízos à sua autonomia e seu potencial como pessoa e cidadã. A violência pode também provocar doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, distúrbios sexuais, depressão, entre outros agravos.
Portanto, como forma de simbolizar o movimento e a luta, o Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense (IPPGF), do Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica (DGPTC), órgão da Secretaria da Polícia Civil (Sepol), desenvolveu um projeto para aprimorar e dar mais rapidez às investigações envolvendo crimes de violência contra a mulher.
A proposta é da diretora do IPPGF e perita criminal, Selma Lilian Sallenave Sales, que viu no aumento dos números de violência contra a mulher registrados no país um fator preocupante e que precisava de uma resposta à altura.
O projeto tem por objetivo inicial processar amostras de casos abertos de violência sexual ocorridos sobretudo entre os anos de 2005 e 2012. A expectativa é de poder obter um DNA de qualidade e que corresponda aos critérios técnicos exigidos para a inserção no banco de dados, aumentando a possibilidade de identificar um agressor e até mesmo um estuprador em série.
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