Retirada à força gera reação
Deputados aliados registraram o momento em que Glauber Braga é retirado à força, sob protestos no plenário. Os agentes o conduziram ao Salão Verde com as roupas visivelmente danificadas. Enquanto isso, Glauber, ao lado de parlamentares governistas, conversou com jornalistas no local.
Durante a coletiva, ele criticou a postura de Motta: “Quando os golpistas sequestraram a mesa, receberam tratamento pacífico. Agora, comigo, é porrada”. Ainda mais indignado, reforçou que o presidente tenta passar uma imagem de equilíbrio, mas favorece aliados e reprime adversários.
“Pacote golpista” e cassação
Ademais, Glauber denunciou o que chamou de “pacote golpista”. Segundo ele, a cassação do seu mandato, aliada à anistia ampla, beneficia Jair Bolsonaro, que pode cumprir apenas dois anos de pena. Ele também alertou que Eduardo Bolsonaro poderá manter seus direitos políticos, mesmo com ausências registradas.
Por isso, Glauber afirmou: “Eles podem até cassar meu mandato. Contudo, até o último minuto, vou lutar pelas liberdades democráticas. Hoje fazem isso comigo; amanhã, podem atingir outras vozes populares”.
Nota oficial e defesa da Câmara
Logo depois, Hugo Motta se manifestou na rede X. Ele classificou a atitude de Glauber como desrespeitosa e lembrou que o parlamentar já havia ocupado uma comissão em greve de fome.
Segundo Motta, “extremismos testam a democracia todos os dias”. Ele afirmou que atitudes como a de Glauber se igualam a ações autoritárias de grupos radicais, mesmo que tenham discursos opostos.
Por fim, o presidente da Câmara garantiu que a Casa investigará possíveis abusos cometidos durante a retirada da imprensa e da transmissão oficial.