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Glauber Braga é retirado à força após ocupar mesa da Câmara

  • dezembro 10, 2025
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Parlamentar de Nova Friburgo critica ação da presidência da Câmara durante protesto e fala em ofensiva golpista contra forças democráticas.

Glauber Braga é retirado à força após ocupar mesa da Câmara

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), de Nova Friburgo, foi retirado à força do plenário da Câmara após ocupar a cadeira da presidência em protesto contra a votação de sua cassação. O ato começou quando Hugo Motta incluiu na pauta processos disciplinares e o projeto que reduz penas de envolvidos na tentativa de golpe. Além disso, Glauber afirmou que a direção da Câmara aplicou tratamento desigual, porque deputados da oposição já haviam ocupado a mesa por 48 horas sem qualquer punição. Logo depois, a TV Câmara interrompeu a transmissão e a segurança retirou a imprensa, o que ampliou as críticas. Ademais, o deputado denunciou um “pacote golpista” que, segundo ele, beneficia aliados de Bolsonaro. Apesar disso, garantiu que seguirá lutando pelas liberdades democráticas. Motta, por outro lado, criticou o protesto e prometeu investigar possíveis excessos.

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Glauber Braga é retirado à força após ocupar mesa da Câmara

Retirado à força, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), de Nova Friburgo, protagonizou um momento de forte tensão na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9). Ele se sentou na cadeira da presidência da Casa para protestar, mas agentes da Polícia Legislativa o removeram fisicamente, gerando reações imediatas no plenário.

Protesto contra cassação e anistia

Para começar, o ato aconteceu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar a votação de três processos de cassação: o de Glauber, o de Carla Zambelli (PL-SP) e o de Delegado Ramagem (PL-RJ). Embora esses casos não tenham relação entre si, os dois últimos já enfrentam condenações do STF.

Além disso, a pauta incluía o projeto que reduz as penas de envolvidos na tentativa de golpe de Estado. Ao ocupar a presidência, Glauber desafiou: “Que me arranquem desta cadeira e me tirem do plenário”.


Glauber denuncia tratamento desigual

Em seguida, o parlamentar comparou o episódio com a ocupação da mesa diretora por deputados da oposição em agosto. Na ocasião, o grupo permaneceu por 48 horas sem sofrer qualquer punição. Entretanto, desta vez, os seguranças agiram em menos de uma hora para retirar Glauber.

Logo após o início do protesto, a TV Câmara interrompeu a transmissão ao vivo. A segurança também expulsou a imprensa, sem explicações claras. Até o momento, Hugo Motta não confirmou se ele próprio determinou essas ações.

 

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Retirada à força gera reação

Deputados aliados registraram o momento em que Glauber Braga é retirado à força, sob protestos no plenário. Os agentes o conduziram ao Salão Verde com as roupas visivelmente danificadas. Enquanto isso, Glauber, ao lado de parlamentares governistas, conversou com jornalistas no local.

Durante a coletiva, ele criticou a postura de Motta: “Quando os golpistas sequestraram a mesa, receberam tratamento pacífico. Agora, comigo, é porrada”. Ainda mais indignado, reforçou que o presidente tenta passar uma imagem de equilíbrio, mas favorece aliados e reprime adversários.


“Pacote golpista” e cassação

Ademais, Glauber denunciou o que chamou de “pacote golpista”. Segundo ele, a cassação do seu mandato, aliada à anistia ampla, beneficia Jair Bolsonaro, que pode cumprir apenas dois anos de pena. Ele também alertou que Eduardo Bolsonaro poderá manter seus direitos políticos, mesmo com ausências registradas.

Por isso, Glauber afirmou: “Eles podem até cassar meu mandato. Contudo, até o último minuto, vou lutar pelas liberdades democráticas. Hoje fazem isso comigo; amanhã, podem atingir outras vozes populares”.


Nota oficial e defesa da Câmara

Logo depois, Hugo Motta se manifestou na rede X. Ele classificou a atitude de Glauber como desrespeitosa e lembrou que o parlamentar já havia ocupado uma comissão em greve de fome.

Segundo Motta, “extremismos testam a democracia todos os dias”. Ele afirmou que atitudes como a de Glauber se igualam a ações autoritárias de grupos radicais, mesmo que tenham discursos opostos.

Por fim, o presidente da Câmara garantiu que a Casa investigará possíveis abusos cometidos durante a retirada da imprensa e da transmissão oficial.

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