Amargou! O café nunca foi tão caro. Veja o que está acontecendo!
- dezembro 12, 2024
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Café arábica atinge preço recorde desde 1977 por secas no Brasil, alta demanda e geadas, afetando suprimento global e preço.
Café arábica atinge preço recorde desde 1977 por secas no Brasil, alta demanda e geadas, afetando suprimento global e preço.
O valor do café arábica chegou ao seu maior patamar desde 1977 no mercado internacional. Esse aumento expressivo no preço é atribuído principalmente a problemas de “supply chain” (cadeia de suprimentos) e condições climáticas adversas nas regiões produtoras, como secas e geadas que comprometeram a produção.
No Brasil, o Indicador Cepea/Esalq para o café arábica registrou R$ 2.159,48 por saca de 60 kg no dia 9 de dezembro de 2024. Este valor reflete um movimento de alta que tem sido observado ao longo do ano, impulsionado pela redução da oferta global e pelo aumento da demanda em países como China e Índia.
Além disso, o preço do café arábica negociado na Bolsa de Nova Iorque (NYBOT) chegou a 332,30 centavos de dólar por libra-peso, um valor elevado comparado a anos anteriores. Esse aumento tem causado preocupações, especialmente na Europa, que declarou ter reservas de café suficientes para apenas seis semanas, conforme relatado pelo jornal espanhol El País.
Para o consumidor final, o aumento no preço dos insumos e da saca de café tem impacto direto nos preços do café vendido no mercado interno. O custo mais elevado da saca de café (especialmente do tipo arábica) faz com que as indústrias repassem o aumento para o consumidor final. O café vendido em supermercados e padarias já sofreu reajustes significativos. Segundo dados de mercado, o preço médio do café moído subiu entre 10% e 20% nos últimos meses.
O café é um dos itens que mais pesam no índice de inflação oficial (IPCA), especialmente no grupo de alimentos e bebidas. O aumento no preço do café impacta o custo da cesta básica, pressionando a inflação e afetando o poder de compra das famílias.
Cafés especiais e de maior qualidade (com maior controle no processo de produção) foram ainda mais impactados, pois a mão de obra especializada e o custo de insumos diferenciados (como adubos orgânicos e defensivos biológicos) também encareceram.
Para o consumidor final, o aumento no preço dos insumos e da saca de café tem impacto direto nos preços do café vendido no mercado interno. O custo mais elevado da saca de café (especialmente do tipo arábica) faz com que as indústrias repassem o aumento para o consumidor final. O café vendido em supermercados e padarias já sofreu reajustes significativos. Segundo dados de mercado, o preço médio do café moído subiu entre 10% e 20% nos últimos meses.
O café é um dos itens que mais pesam no índice de inflação oficial (IPCA), especialmente no grupo de alimentos e bebidas. O aumento no preço do café impacta o custo da cesta básica, pressionando a inflação e afetando o poder de compra das famílias.
Cafés especiais e de maior qualidade (com maior controle no processo de produção) foram ainda mais impactados, pois a mão de obra especializada e o custo de insumos diferenciados (como adubos orgânicos e defensivos biológicos) também encareceram.
Tendência de preços ainda elevados, mas com possibilidades de estabilização, caso as condições climáticas melhorem e a oferta global de café aumente.
A produção de café no Brasil é esperada para ser maior em 2025, o que pode reduzir os preços gradualmente, mas essa redução só chegará ao consumidor após meses de ajuste no mercado.
Camila Porto é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Viçosa. Atua na área rural desde 2014, diretamente com agricultores e em constante diálogo com instituições voltadas à pesquisa, assistência técnica e extensão rural como a Emater e Embrapa. Atualmente faz parte do grupo técnico agrícola da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo e desde 2021 produz e apresenta o programa Zoom Rural na TV ZOOM.