O que é a sífilis:
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida por relação sexual com uma pessoa infectada, conhecida como sífilis adquirida, ou ainda transmitida para crianças durante a gestação ou parto, chamada de sífilis congênita.
A sífilis é uma infecção bacteriana transmitida sexualmente, prevenível e curável. Os casos aumentaram em mais de 1 milhão em 2022, atingindo um total de 8 milhões no mundo. As Américas enfrentam atualmente a maior incidência mundial, com 3,37 milhões de casos (ou 6,5 casos por 1.000 pessoas), representando 42% de todos os novos casos.
O aumento das infecções por sífilis pode ser atribuído a vários fatores, como a falta de conscientização sobre a doença, disparidades no acesso aos serviços de saúde, no diagnóstico e no tratamento, e o persistente estigma em torno das doenças sexualmente transmissíveis, que pode desencorajar as pessoas a buscar assistência médica.
Se não for tratada, a sífilis pode causar graves problemas de saúde, como doenças cerebrais e cardiovasculares. Muitas pessoas com sífilis não apresentam sintomas ou não os percebem. Testes rápidos de detecção permitem o início oportuno do tratamento. O uso correto e consistente do preservativo durante as relações sexuais pode prevenir a sífilis.
A sífilis também pode ser transmitida durante a gravidez, levando a complicações graves como aborto espontâneo, morte fetal, parto prematuro, baixo peso ao nascer, anomalias congênitas, lesões em órgãos como fígado, baço e ossos, além de danos neurológicos.
O relatório publicado neste ano pela OMS também destaca um aumento nos casos entre mulheres grávidas. Na América do Sul, o percentual de gestantes com sífilis aumentou 28% nos últimos dois anos. Essa tendência resultou em um aumento da sífilis congênita, que alcançou uma estimativa de 4,98 casos por 1.000 nascidos vivos em 2022, superando significativamente a meta da OMS de 0,5 casos por 1.000 nascidos vivos. Estima-se que, em 2022, 68 mil bebês nasceram com sífilis na região.