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Conselho de ética avança com processo que pede a cassação de Glauber Braga

  • setembro 11, 2024
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Por 10 a 2, Conselho de Ética da Câmara aprova relatório pela cassação de Glauber Braga.

Conselho de ética avança com processo que pede a cassação de Glauber Braga

O Comitê de Ética da Câmara dos Deputados validou nesta quarta-feira, 11,  a denominada “viabilidade” do processo contra o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que se desentendeu e agrediu um membro do MBL (Movimento Brasil Livre) na Casa, em abril.

Foram 10 votos favoráveis e 2 contra o progresso da investigação que, no final, pode levar à perda do mandato do parlamentar.

O deputado do PSOL terá um prazo de dez dias úteis para apresentar sua defesa.

A partir de agora, inicia-se o período para a instrução do processo, que inclui os depoimentos de testemunhas, e, ao final, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) apresentará um relatório final.

Glauber voltou a acusar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de estar por trás da tentativa de sua perda de mandato e, inclusive, do relatório de Paulo Magalhães pela viabilidade. Em sessão anterior, Glauber chamou Arthur Lira de “criminoso” e, nesta quarta-feira, voltou a fazer acusações contra o presidente da Casa, alegando haver suspeita de que ele tentou silenciar uma testemunha mediante suborno.

Procurada, a presidência da Câmara não se pronunciou.

A sessão novamente foi marcada por debates entre Glauber, o relator, outro membro do comitê, Alexandre Leite (União-SP), e o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do MBL. Apesar de afirmar que não é seu objetivo destituir um colega, o relator declarou que seu voto será contra o deputado do PSOL.

Leite chegou a dizer inclusive que vai encaminhar à Mesa da Câmara um pedido de afastamento cautelar do mandato de Glauber devido ao seu comportamento e às acusações que ele tem feito contra outros parlamentares.

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Após a aprovação do relatório, há prazo de até 60 dias úteis para instrução processual, apresentação do relatório final e votação.

O comitê é o órgão responsável por analisar atos disciplinares dos parlamentares e emitir um parecer. No caso de recomendação de destituição, a decisão final é do plenário da Câmara, onde é necessário o voto de pelo menos 257 dos 513 parlamentares para que haja a punição.

 

 

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Glauber Braga sempre afirmou não se arrepender da agressão.

Em abril, o psolista chutou um membro do MBL identificado como Gabriel Costenaro e o expulsou das dependências da Câmara. Os dois seguiram discutindo no estacionamento do anexo 2 da Câmara e, após serem separados, foram levados para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa da Casa.

Nesse momento, o parlamentar e o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) também discutiram. Braga chamou o colega de “defensor de nazistas” e Kataguiri levantou o dedo contra ele. Na sequência, os dois trocaram empurrões.

Nas redes sociais, Gabriel Costenaro tem várias postagens em que provoca políticos de esquerda e jornalistas, enquanto outra pessoa filma.

Braga disse na época que não era a primeira vez que ocorria aquele tipo de provocação por parte de Costenaro -no perfil da rede social do militante do MBL há registros de pelo menos um outro encontro entre os dois. “Não vamos aceitar ficar sofrendo perseguição contínua desse sujeito”, disse o parlamentar.

“Não é de hoje que Glauber Braga tem adotado uma postura inaceitável para um parlamentar. Hoje ele ultrapassou todos os limites ao agredir Costenaro, um membro do MBL que estava calmo. #GlauberDestituído”, publicou Kataguiri na ocasião.

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