Esponjas de cozinha: entre a praticidade e o impacto ambiental
- maio 17, 2024
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Opa! Tudo verde? Bora pra nossa Sustentabilidade em Pauta! O assunto de hoje é para tratar de algo pequeno que foi inventado para “limpar”, mas o seu pós-consumo
Opa! Tudo verde? Bora pra nossa Sustentabilidade em Pauta! O assunto de hoje é para tratar de algo pequeno que foi inventado para “limpar”, mas o seu pós-consumo
Opa! Tudo verde?
Bora pra nossa Sustentabilidade em Pauta!
O assunto de hoje é para tratar de algo pequeno que foi inventado para “limpar”, mas o seu pós-consumo gera uma “sujeira” de grande proporção. As esponjas de cozinha são itens comuns em nossas casas, usadas diariamente para facilitar a limpeza de utensílios e superfícies. No entanto, poucos consideram a composição desses utensílios e o impacto que causam ao meio ambiente.
A esponja de lavar louça foi inventada em 1947 por um engenheiro chamado Harold Joseph Butler. Ele desenvolveu a primeira esponja a partir de poliuretano, visando criar um produto durável e eficaz para a limpeza de utensílios de cozinha. De lá para cá, a produção só aumentou e, segundo dados da 3M numa matéria publicada pelo site Ciclo Vivo, são cerca de 360 milhões de esponjas multiuso fabricadas anualmente no Brasil.
A composição de uma esponja de lavar louças pode variar, mas muitas são feitas de poliuretano, polipropileno ou celulose. Estes materiais não são necessariamente tóxicos, mas muitas esponjas contêm aditivos químicos para aumentar sua durabilidade, o que pode apresentar preocupações ambientais e de saúde. A presença de petróleo é comum em algumas esponjas, principalmente aquelas feitas de poliuretano, contribuindo para a dependência de recursos não renováveis e aumentando a “vida útil” das esponjas no planeta.
O tempo de decomposição de uma esponja de cozinha pode variar, mas geralmente, elas são duráveis e demoram muitos anos para desaparecer completamente. Segundo o site Biociente informa que uma esponja pode levar cerca de 400 anos para se decompor no meio ambiente. Esse é um problema ambiental significativo, uma vez que as esponjas descartadas frequentemente acabam em aterros sanitários, contribuindo para a poluição do solo. A extração de matérias-primas, o consumo de energia na fabricação e os resíduos gerados durante o processo contribuem para a pegada ambiental negativa desses itens, vale ressaltar.
Se pedaços de esponjas encontram rios e oceanos como local de descarte, animais marinhos podem confundir tal material com alimentos, ingerindo acidentalmente resíduos plásticos. Isso pode levar a problemas de saúde, bloqueio do trato digestivo e até mesmo morte destes animais. Em áreas onde existem recifes de coral, o descarte inadequado de esponjas pode representar uma ameaça adicional, visto que os resíduos plásticos danificam os corais, comprometendo a saúde dos ecossistemas marinhos.
Já para a saúde humana, embora muitas pessoas utilizem detergentes para limpar suas esponjas, nem sempre é fácil eliminar completamente todas as bactérias. Os microrganismos podem se alojar profundamente nas fibras da esponja, mesmo após a lavagem, aumentando o risco de contaminação. As esponjas limpam um ambiente propício para o crescimento de bactérias e fungos. A umidade combinada com os resíduos de comida apresenta na esponja cria condições adequadas para a tolerância de microrganismos, incluindo Salmonella, E. coli e outros patógenos potenciais.
As indústrias enfrentam desafios significativos ao tentar encontrar alternativas mais ecológicas para as esponjas tradicionais. A busca por materiais sustentáveis, métodos de produção ambientalmente amigáveis e custos competitivos tem sido um obstáculo para a adoção em larga escala de soluções mais sustentáveis.
Algumas empresas ligadas a este setor estão assumindo a responsabilidade do seu impacto ambiental e desenvolvendo programas de coletas de esponjas usadas no Brasil. Inclusive, qualquer pessoa pode destinar corretamente as esponjas que seriam descartadas nos aterros; para isso vale conferir o site da Terra Cycle.
Confira algumas alternativas sustentáveis na hora de lavar louças: Certamente! Aqui estão quatro alternativas sustentáveis para lavar louças:
Ao reconsiderar o uso de esponjas tradicionais e adotar alternativas mais ecológicas, os consumidores desempenham um papel crucial na redução do impacto ambiental desses itens de uso diário.
Tudo verde sempre!
Alex Santos
Alex Santos, Ceo da EcoModas Soluções Sustentáveis, é responsável pela estratégia e comunicação da marca que vem se tornando referência em economia circular no Brasil. Ambientalista atuante desde 2010, já contribuiu com ações de plantio de mais de 35 mil árvores e está a frente de alguns projetos premiados voltados à educação ambiental que envolvem crianças, jovens e adultos.
Tornou-se jornalista em 2008, entretanto iniciou a sua carreira em comunicação na juventude escrevendo cartas sociais escritas de próprio punho para pessoas de todo Brasil que ele mesmo sequer conhecia pessoalmente.