Garrafas Pet: o impacto silencioso que plastifica o mundo
- abril 5, 2024
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Opa! Tudo verde? Bora pra mais uma Sustentabilidade em Pauta! O assunto de hoje vai mergulhar no universo plástico das garrafas PET que estão presentes em nosso cotidiano
Opa! Tudo verde? Bora pra mais uma Sustentabilidade em Pauta! O assunto de hoje vai mergulhar no universo plástico das garrafas PET que estão presentes em nosso cotidiano
Opa! Tudo verde?
Bora pra mais uma Sustentabilidade em Pauta!
O assunto de hoje vai mergulhar no universo plástico das garrafas PET que estão presentes em nosso cotidiano como embalagens de água, refrigerantes e outros líquidos, tornaram-se um símbolo do consumo moderno. Contudo, por trás da praticidade, surge uma problemática ambiental complexa que exige atenção e ação. A seguir, vamos explorar a trajetória das garrafas PET desde sua entrada no mercado mundial até os desafios atuais e soluções emergentes.
As garrafas PET (Polietileno Tereftalato) foram introduzidas no mercado mundial na década de 1970. Sua leveza e resistência rapidamente a tornaram a escolha preferida para embalagens de bebidas. Desde então, essas garrafas se tornaram onipresentes em nossas vidas diárias, facilitando o transporte e consumo de líquidos.
A produção dessas “queridinhas” garrafas PET envolve o polímero PET, um material plástico obtido por meio da polimerização de etileno glicol e ácido tereftálico, que são derivados do petróleo. O polímero é então moldado em formas de garrafas usando um processo de injeção ou sopro. A versatilidade desse material torna-o ideal para uma ampla gama de produtos, desde garrafas de água até embalagens de alimentos.
Contrastando com a praticidade das garrafas PET está sua persistência no meio ambiente. A durabilidade do material, aliada a resistência à umidade e aos produtos químicos, faz com que o material tenha uma decomposição mais demorada. Segundo pesquisadores da UNIFESP, o tempo de decomposição da garrafa PET é de no mínimo 100 anos. Esse tempo, no entanto, é uma previsão média e pode variar de acordo com as condições ambientais, podendo chegar a cerca de 600 anos conforme apresenta matéria publicada no portal da Camara dos Deputados.
A produção de novas garrafas pet não apenas esgota recursos não renováveis, mas também emite gases de efeito estufa durante a produção. Para se ter uma ideia, as garrafas PETs movimentam hoje um mercado que produz cerca de 9 bilhões de unidades anualmente só no Brasil, das quais 53% não são reaproveitadas.
Em matéria publicada no Estadão, cerca de 4,7 bilhões de unidades por ano são descartadas na natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios. Entre 1995 e 2005, a produção de PET, o plástico politereftalato de etila, para a fabricação de garrafas subiu de 120 mil toneladas para cerca de 374 mil toneladas, alavancada principalmente pela indústria de refrigerante.
As garrafas PET, quando descartadas incorretamente, frequentemente encontram seu caminho para oceanos e aterros, representando uma ameaça significativa. Animais marinhos confundem pedaços de plástico com alimentos, resultando em ingestão acidental e danos à vida marinha. Nos aterros, as garrafas PET contribuem para o aumento do volume de resíduos e reduz o tempo de vida útil destes locais, causando poluição do solo e da água subterrânea.
A reciclagem de garrafas PET enfrenta uma série de desafios que podem dificultar o processo. Algumas das principais dificuldades incluem: Contaminação das embalagens, Variedade de cores e tipos de plástico, infraestrutura de reciclagem insuficiente, custo da reciclagem, baixa taxa de reciclagem, limitações de reciclabilidade, desafios tecnológicos, e outros.
O maior desafio enfrentado pelas indústrias é encontrar alternativas sustentáveis que possam substituir eficazmente as garrafas PET. Materiais biodegradáveis e embalagens reutilizáveis estão em foco, mas a transição para essas opções exige investimento em pesquisa, desenvolvimento, adaptação de infraestrutura e, acima de tudo, a adesão munida de “pressão” por parte dos consumidores.
Já passou da hora de buscar novas alternativas mais sustentáveis para embalar bebidas, concorda?
Bora pensar fora da caixa e agir pela preservação do meio ambiente e da própria humanidade!
O caminho para reduzir o impacto ambiental das garrafas PET requer uma abordagem multifacetada, envolvendo mudanças nas práticas industriais e hábitos de consumo conscientes. Ao tomar medidas individuais e apoiar iniciativas sustentáveis, podemos contribuir para um futuro onde a conveniência não comprometa a saúde de nosso planeta.
Tudo verde sempre!
Alex Santos
Alex Santos, Ceo da EcoModas Soluções Sustentáveis, é responsável pela estratégia e comunicação da marca que vem se tornando referência em economia circular no Brasil. Ambientalista atuante desde 2010, já contribuiu com ações de plantio de mais de 35 mil árvores e está a frente de alguns projetos premiados voltados à educação ambiental que envolvem crianças, jovens e adultos.
Tornou-se jornalista em 2008, entretanto iniciou a sua carreira em comunicação na juventude escrevendo cartas sociais escritas de próprio punho para pessoas de todo Brasil que ele mesmo sequer conhecia pessoalmente.