Opa! Tudo verde?
Bora pra mais uma Prosa Sustentável?
A pauta de hoje é do tipo “vestir-se bem hoje para não prejudicar o amanhã”. A indústria da moda, um setor dinâmico e em constante evolução, desempenha um papel crucial na economia global, mas o custo ambiental associado à produção desenfreada de roupas é alarmante. Ao consumir uma quantidade exorbitante de recursos naturais, a indústria da moda tornou-se uma das principais contribuintes para a degradação do meio ambiente. Segundo alguns estudos, a indústria têxtil está entre as cinco maiores poluidoras do planeta.
A produção massiva de roupas é uma realidade na indústria da moda contemporânea. Estima-se que mais de 100 bilhões de peças de roupa são produzidas anualmente em todo o mundo, consumindo uma quantidade astronômica de recursos naturais. A agricultura intensiva para a produção de fibras, o consumo de água e energia, e a gestão inadequada de resíduos são apenas alguns dos problemas associados a essa produção desenfreada.
O consumidor sem consciência ambiental desempenha um papel crucial nesse cenário. Comprando impulsivamente, descartando peças rapidamente e ignorando os impactos ambientais da “moda rápida” (fast fashion), esse tipo de consumidor contribui significativamente para a pressão sobre os recursos naturais e o aumento do desperdício.
Certos tipos de roupas causam danos ambientais mais significativos do que outros. Tecidos sintéticos, como o poliéster, liberam microplásticos nos oceanos durante a lavagem. A produção de couro também está associada a impactos ambientais, como desmatamento para pastagens e poluição. O algodão, embora seja uma fibra natural, também consome muita água em seu cultivo, além do uso de pesticidas em muitas plantações. Vale refletir e pesquisar qual matéria prima produz menos impacto em sua produção e no pós-consumo.
O jeans, popular e amplamente utilizado, também está entre os maiores vilões ambientais na indústria da moda. O processo de produção do denim envolve o uso de produtos químicos tóxicos e liberação de poluentes. A fabricação de uma única calça jeans, por exemplo, exige 5.196 litros d’água, segundo dados do Akatu. Comprar uma calça jeans supérflua, ou seja, que não é necessária pra você, significa desperdiçar esse volume de água que é suficiente para uma pessoa suprir todas as suas necessidades básicas (beber, fazer a higiene pessoal, cozinhar e para fins sanitários) ao longo de 70 dias. Adicionalmente, o descarte inadequado de jeans contribui para a poluição dos solos.
DICAS PARA UM GUARDA-ROUPA SUSTENTÁVEL E ELEGANTE:
1. Escolha com consciência: Opte por marcas que adotam práticas sustentáveis, como uso de materiais reciclados, algodão orgânico e processos de produção éticos.
2. Peças duráveis e versáteis: Invista em roupas de qualidade, atemporais e versáteis. Isso reduzirá a necessidade de compras frequentes e diminuirá a pegada ambiental.
3. Segunda mào é uma opçào valiosa: Explore o mercado de roupas de segunda mão. Comprar peças usadas contribui para a economia circular e reduz o desperdício.
4. Cuide bem do que você tem: A manutenção adequada das roupas prolonga sua vida útil. Lave conscientemente, siga as instruções de cuidado e repare as peças danificadas em vez de descartá-las.
Em conclusão, repensar a forma como consumimos moda é imperativo para mitigar os impactos ambientais devastadores. A transição para um modelo mais sustentável não apenas preserva nosso planeta, mas também promove uma indústria da moda mais ética e responsável. Vista esta ideia!
Tudo verde sempre!
Alex Santos
Alex Santos, Ceo da EcoModas Soluções Sustentáveis, é responsável pela estratégia e comunicação da marca que vem se tornando referência em economia circular no Brasil. Ambientalista atuante desde 2010, já contribuiu com ações de plantio de mais de 35 mil árvores e está a frente de alguns projetos premiados voltados à educação ambiental que envolvem crianças, jovens e adultos.
Tornou-se jornalista em 2008, entretanto iniciou a sua carreira em comunicação na juventude escrevendo cartas sociais escritas de próprio punho para pessoas de todo Brasil que ele mesmo sequer conhecia pessoalmente.